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quinta-feira, novembro 24, 2005

Obras Suspensas

Na terceira reunião de Câmara (22 novembro) o presidente não esteve presente e a Lurdes tomou posse no lugar de vereadora substituindo o Maduro que havia solicitado a suspensão do mandato... presidiu e bem, o Martins... A Agenda foi o costume... nada de relevante a tratar... a não ser, papel e mais papel, para rubricar no canto superior direito...

... resolvemos no período antes da ordem do dia, colocar algumas questões...


Uma houve que me deixou um pouco apreensivo, a questão e a resposta é evidente. Mas nada mais que isso... deve ser normal em início de mandato... Foi mais ou menos assim que aconteceu:

Ao almoço falámos precisamente de um certo desencanto com as agendas das reuniões... nada de assuntos relevantes e uma imensidão de papéis... e concordámos ser ainda muito cedo... o executivo está a tentar enquadrar-se nos assuntos... precisam de tempo...

... também comentámos o que se começa a ouvir pelas ruas e que nós ainda não tínhamos conhecimento formal... a suspensão de obras: o Centro Cultural, a Casa da Criança, o Parque Desportivo... e caso fosse verdade, achámos que seria no mínimo elegante terem-nos informado ou então, constar na Agenda da reunião uma qualquer nota informativa que indicasse intenção de nos informar sobre o assunto... mais que informar, penso até que esclarecer... mas nada...

Questinámos então da veracidade dessas informações e sendo verdade, se foram ou não acautelados eventuais custos adicionais ou outros comprometimentos contractuais com os empreiteiros... Respondeu-nos o Miguel, que de facto a Câmara Municipal suspendeu as referidas obras porque se encontra a estudar o seu sentido e a sua oportunidade face aos naturais constrangimentos financeiros da autarquia...

Não foi uma má resposta. Foi a única resposta que poderia dar e a que eu esperava ouvir. Gostei de ouvir o Miguel, de o ver participar com entusiasmo...aliás espero e desejo que assuma um papel de relevo neste executivo... seria uma aragem fresca na política local... Mas tal não significa que não tenha feito algumas reflexões. Como estas por exemplo:

1- Não se suspendem obras concursadas e em curso a não ser que se identifiquem e conhecem fortes razões que assim o justifiquem. Tais razões, pressupõem como é óbvio, estudo e conhecimento dos processos.

2- Não existem empreiteiros beneméritos que após algumas reflexões do executivo prescindam alegremente dos contratos legítimos que têm em vigor sem evidentes custos para o município. São as famosas e naturais indeminizações... o contrário é que seria de espantar...

3- As dificuldades orçamentais e financeiras parecem também não ser um boa desculpa. Pelo que eu sei e acompanhei, qualquer uma dessas obras, tinha uma programação financeira para a sua execução perfeitamente identificada e programada.

4- Portanto, sinceramente não sei muito bem o que há mais ainda para estudar. Ou se tem ideias ou não se tem. E qualquer um desses projectos tinha, tem, uma lógica de coerência e de sentido pensada e bem definida. Neste caso espero, com curiosidade, pelos resultados do pretenso estudo.

Mas não deixo de me sentir algo apreensivo. Mira não pode passar mandato em mandato autárquico a colocar em causa projectos pretensamente de outros... As ideias e os projectos não se esgotam nas placas de inauguração, nem, sinceramente, acho que tenham um só dono... são mais que isso e envolvem muita gente...

... definitivamente o que me assusta e incomóda, são os procedimentos de pretensas avaliações de obras e de projectos quando se regem, mais por caprichos que propriamente por sentidos e coerências... pode parecer pouco mas, para mim, é o que estabelece a diferença entre mediocridade e competência...

..espero, sinceramente, que não seja este o panorama que me espera e para o qual me foi reservado lugar para assistir como vereador... Não foi, pois não João ? (Reigota)

... e por acaso já pensaram em quem foi o último presidente a criar em Mira um espaço urbano qualificado e pensado com coerência e equilíbrio ? ... pois... pensar com coerência, sentido e equilíbro não é assim tão fácil... e dá trabalho...


quarta-feira, novembro 16, 2005

Primeiras Reuniões

... Foi estranha mas ao mesmo tempo agradável a primeira reunião de Câmara (2 novembro). Eu e o Luís não disfarçávamos uma certa curiosodade de ver como funcionam as coisas e qual a reacção do executivo após o rescaldo das eleições. Do outro lado, afinal a sensação não era muito diferente. Todos estávamos ali para ver como era... para aprender depressa... porque excepto o Reigota, ninguém tinha experiência prática de participar em sessões de câmara... e mesmo ele, tivera um interregno de quase 4 anos, tempo que coisas é imenso tempo...

Curiosidade e apreensão de quem experimenta coisas novas, foram estas as sensações gerais que eu registei. Dos assuntos a tratar nada de especial relevo. Apenas questões administrativas, quase obrigatórias fazer para o novo executivo iniciar funções... e claro, algumas palavras de boas vindas e de circunstância... aparentemente nada de importante a registar...

... mesmo assim eu registei !...

O presidente desejou as boas vindas e disse esperar colaboração de todos, responsável e positiva. Excelente. Era isso mesmo que, eu e o Luís, esperavámos. Estamos ali para pensar e ajudar no melhor que pudermos, o desenvolvimento de Mira. É evidente que reafirmámos a nossa total disponibilidade para uma participação política consciente, coerente e acima de tudo responsável. E manifestámos a nossa total disposição para o debate, a discussão e a avaliação polítíca do executivo, sempre na perspectiva da defesa dos interesses de Mira.

A segunda reunião (8 novembro) pouco mais foi que o seguimento da primeira. Procedimentos administrativos e pouco mais. Deve ser natural para quem inícia funções. Deve ser... Só que já me começa a aborrecer dispôr de uma tarde para assinar papéis e mais papéis sem qualquer interesse... Dá para começar a sentir o peso dos nossos procedimentos administrativos. Leis completíssimas que não dispensam, antes exigem, procedimentos ainda mais completíssimos que voltam a reescrever o que já está escrito na lei e assim por adiante...

O tom da reunião e o ambiente que se vive é equilibrado, sereno e agradável. Só podia ser.... ninguém deixou o gelo instalar-se e ainda bem !...