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domingo, maio 28, 2006

Mirela e Vacas Pintadas

texto de
João Rua

Não temos a dimensão, a visibilidade e importância que Lisboa tem, nem tão pouco a capacidade de atracção que esta cidade exerce sobre o turista e os visitantes, mas temos pelo menos sazonalmente, fluxos interessantes de gente …


Não temos espaços públicos qualificados e atractivos como Lisboa nos oferece, mas temos algumas praças, largos e até uma marginal junto ao mar...

Não temos a vida e animação cultural que Lisboa tem, muito menos demonstramos sequer o interesse por manifestações de expressão cultural própria dos grandes centros urbanos… longe disso… mas podemos à nossa escala ser diferentes…de Lisboa e dos outros…

Não temos expressão para atrair ou provocar acontecimentos como Lisboa tem… somos geográfica e administrativamente minúsculos… mas nada nos impede de inventá-los…

Não temos capacidade de olhar para um conjunto de vacas pintadas, sorrir e ver nisso uma forma de expressão, uma forma de arte urbana… que ajuda a diferenciar, a animar os sítios e a reforçar uma Imagem de um lugar… provavelmente porque ainda não sentimos a necessidade de ter espaços públicos qualificados… Não temos essa capacidade mas podemos desenvolvê-la…

Nunca teremos um “ cow parade” em Mira ou algo semelhante… mas nada impede os principais largos, praças e espaços públicos (incluindo a frente para o mar) de receberem definitivamente a afirmação da MIRELA como imagem do concelho… como uma forma de diferenciarmos dos outros pela originalidade e pelo poder da Imagem Territorial…

Quem percorre Lisboa não fica indiferente aos seus espaços públicos e aos seus novos “habitantes”… é com um certo orgulho e entusiasmo que lisboetas, taxistas, turistas e curiosos falam das vacas pintadas, das que estão e das que já foram roubadas, das mais bonitas e das que merecem a atenção de maior número de turistas e máquinas fotográficas… a cidade ganhou uma nova vida e um novo interesse…

Eu, percorrendo Lisboa e observando tais cenários, tão invulgares quanto interessantes, não deixei de pensar na MIRELA e do que esta poderia representar para a afirmação da imagem de Mira…no cento da Vila, na Praia assinalando a entrada e a saída e animando a marginal, nos largos e nas Praças dos principais lugares…

Pode parecer estranho, mas com imaginação, criatividade e algum arrojo podemos conseguir algo diferente. Não acham ?

sexta-feira, maio 12, 2006

PARABÉNS PRAIA !...


A PRAIA DE MIRA, mais uma vez, foi galardoada com a BANDEIRA AZUL




20 Anos de BANDEIRA AZUL, 20 vezes a Praia de Mira mereceu essa distinção...


... Orgulha !... porque revela qualidade do que temos e, capacidade e sorte, de ao longo dos anos, a termos mantido e não degradado...


... mas também Responsabiliza... Não chega a Bandeira Azul... É tempo da PRAIA de MIRA inverter o processo de massificação e desqualificação que ao longo dos tempo, tem vindo a tornar-se evidente... Transformar a Praia de Mira num Lugar agradável, atractivo, qualificado e competitivo, é o DESAFIO !...



sexta-feira, maio 05, 2006

25 de Abril, hoje e SEMPRE




A Democracia não se apregoa, PRATICA-SE.

Lurdes Mesquita
(vereadora na CMM, em regime de substituição, sem pelouros)








Ano 1974
“Mesmo na noite mais triste / em tempo de servidão
Há sempre alguém que resiste / há sempre alguém que diz não.”

Manuel Alegre, Trova do vento que passa.


24 Abril – Quarta –feira
22h55m – Os Emissores Associados de Lisboa tocam a canção “E depois do Adeus?”. Está no ar o primeiro sinal do golpe militar.

25 Abril – Quinta-feira
00h 30m – Rádio Renascença, programa “Limite”, vai para o ar a canção “Grândola Vila Morena, que serve de senha ao movimento para confirmar que a operação se encontre em marcha e é irreversível.
1h – Início da acção revolucionária do MFA.

O MFA derrubou o regime que durante 48 anos oprimiu o Povo Português. Como dizia a poetiza “ nessa madrugada do dia inicial, inteiro e limpo …” os capitães de Abril foram claros nas suas promessas: terminar a repressão, regressar a liberdade de expressão, …

Ano 1999 – Associação 25 de Abril comemora os 25 anos da revolução, no dia 24.

Ano 2005 – A CMM comemora os ideais da Revolução dos Cravos no dia 24 de Abril.
Programa: Fórum subordinado ao tema “O Associativismo” no salão nobre
Da CM. À noite, homenagem aos atletas do concelho seguido do espectáculo “Tributo a Zeca Afonso”, pelo Quinteto Zé Carvalho.

Sai um comunicado, assinado pelo Presidente da Comissão política do PS Dr. Palhavã, acusando o executivo municipal, a mim especialmente, de ter comemorado a ditadura. A partir daí, o PS faz várias alusões a este assunto, pouco faltando para me acusar de pertencer a alguma organização neo fascista.

Ano 2006 – No dia 24 de Abril, a Associação 25 de Abril comemora os 32 anos de liberdade e os 30 anos de poder autárquico eleito.

Será que a A25A, fundada e dirigida por militares de Abril, anda a comemorar a ditadura? Tem razão Goethe quando afirma “Não há nada mais terrível do que uma ignorância activa”!


Escrevo este texto:


porque me acusaram de comemorar a ditadura,
porque ao longo da minha vida, tanto profissional como no desempenho de funções de vereação, sempre regi a minha actuação promovendo a igualdade, respeitando as diferenças de cada um, na CMM formei uma equipa de trabalho sem ligar à cor política mas, sim, à competência,
porque tenho a convicção que todos foram leais durante esse tempo,
porque me acusaram de faltar à verdade,
porque deturparam o sentido das minhas palavras,
porque não se pode apagar a memória,
porque é urgente relembrar em Mira a razão de ser do 25 de Abril de 1974.


Faltar à verdade:

Dr. Carlos Castelhano diz que o executivo Maduro não comprou a sede da Cooperativa e terreno em Matos de Fora.


Colocada a questão em reunião de CMM de 14 de Março (acta de 14/03 páginas 2 e 3), responde a chefe de divisão... “A Drª. Cristina Morais esclareceu que, o acordado entre a Câmara Municipal e Cooperativa Agrícola Mirense, apontava para uma verba de 175.000,00 €, referente ao prédio urbano sito no Largo 31 de Janeiro e o montante de 10.800,00 €, referente ao prédio urbano sito em Matos de Fora, totalizando a verba de 185.800,00 €, da qual já tinha sido pago o montante de 149.071,53 €, restando, por conseguinte, pagar o valor de 36.728,47 €.”

Afinal, quem faltou à verdade? A Cooperativa vendeu ou não vendeu? O contracto promessa foi feito e a CM pagando … PORQUE SÉRA QUE A CMM AINDA NÃO ESCLARECEU PUBLICAMNETE ESTE ASSUNTO?


Deturpar o sentido das palavras:

Num rasgo de clarividência o Sr. Engenheiro Carlos Monteiro interpreta a palavra “desterrada”, por mim empregue num artigo, deturpando-lhe o sentido, não sei se por desconhecimento ou má fé.


Aconselho o douto Engenheiro a estudar a História de Portugal e/ou História Universal e, ainda, a pegar num bom Dicionário de Língua Portuguesa. Ao longo dos tempos houveram desterros para lugares, hoje, exóticos … A Praia de Mira é e será a sala de visitas do concelho. É um lugar único pelas suas belezas naturais … Defender e preservar este património natural é o dever de cada um de nós. Associar esta terra encantadora à palavra “desterro”, só na cabeça do douto engenheiro.

Quanto à situação da Barrinha o douto engenheiro deverá saber, melhor do que eu, quais as entidades que têm jurisdição sobre aquela área. A CMM não é de certeza.

Em www.iambiente.pt encontra-se informação detalhada sobre o processo “Requalificação Ambiental da Barrinha de Mira” o Estudo de Impacto Ambiental, para a execução do projecto elaborado pela Hidroprojecto, e, ainda o timing pré definido. Ah, apesar de ser uma simples professora do 1º ciclo, sei o que são sapais, talvez por isso digo-lhe: “desterrada” porque foi enviada para fora do, anterior, local de trabalho em jeito de castigo ou desagrado.


1º de Maio – Dia do Trabalhador

O que se passa na CMM?



OU?

O que tem acontecido aos funcionários (competentes e necessários ao serviço), conotados com o PSD, quando terminam os respectivos contratos?



O caso da Dra. Graça Moreira, licenciada em Direito, vasta experiência profissional, que exerceu funções no gabinete Julgados de Paz de Mira, durante 1 ano em regime de POC, tendo mantido sozinha, o bom funcionamento daquele gabinete, ilustra bem a forma insensata e pouco democrata com que o Dr. Reigota exerce os poderes presidenciais (www.cm-mira.pt , acta 14 de Fevereiro, páginas 24, 25, 26 e 27).

Foram lá colocadas 2 pessoas, Sra. Paula Soares e Dra. Helena Reverendo … Ficou melhor e mais barato?


Liberdade de expressão:

Será que isto é normal?



Não basta o Dr. Reigota apregoar aquelas frases memorizadas sobre democracia.

Algumas até são muito bonitas …

Já não chega “enganar-se” nas contas do montante da dívida?

Que imagem de Mira passa para a opinião pública?






Diário de Coimbra, edição de terça-feira, 25 de Abril, página 9.