Obras Suspensas
Na terceira reunião de Câmara (22 novembro) o presidente não esteve presente e a Lurdes tomou posse no lugar de vereadora substituindo o Maduro que havia solicitado a suspensão do mandato... presidiu e bem, o Martins... A Agenda foi o costume... nada de relevante a tratar... a não ser, papel e mais papel, para rubricar no canto superior direito...
... resolvemos no período antes da ordem do dia, colocar algumas questões...
Uma houve que me deixou um pouco apreensivo, a questão e a resposta é evidente. Mas nada mais que isso... deve ser normal em início de mandato... Foi mais ou menos assim que aconteceu:
Ao almoço falámos precisamente de um certo desencanto com as agendas das reuniões... nada de assuntos relevantes e uma imensidão de papéis... e concordámos ser ainda muito cedo... o executivo está a tentar enquadrar-se nos assuntos... precisam de tempo...
... também comentámos o que se começa a ouvir pelas ruas e que nós ainda não tínhamos conhecimento formal... a suspensão de obras: o Centro Cultural, a Casa da Criança, o Parque Desportivo... e caso fosse verdade, achámos que seria no mínimo elegante terem-nos informado ou então, constar na Agenda da reunião uma qualquer nota informativa que indicasse intenção de nos informar sobre o assunto... mais que informar, penso até que esclarecer... mas nada...
Questinámos então da veracidade dessas informações e sendo verdade, se foram ou não acautelados eventuais custos adicionais ou outros comprometimentos contractuais com os empreiteiros... Respondeu-nos o Miguel, que de facto a Câmara Municipal suspendeu as referidas obras porque se encontra a estudar o seu sentido e a sua oportunidade face aos naturais constrangimentos financeiros da autarquia...
Não foi uma má resposta. Foi a única resposta que poderia dar e a que eu esperava ouvir. Gostei de ouvir o Miguel, de o ver participar com entusiasmo...aliás espero e desejo que assuma um papel de relevo neste executivo... seria uma aragem fresca na política local... Mas tal não significa que não tenha feito algumas reflexões. Como estas por exemplo:
1- Não se suspendem obras concursadas e em curso a não ser que se identifiquem e conhecem fortes razões que assim o justifiquem. Tais razões, pressupõem como é óbvio, estudo e conhecimento dos processos.
2- Não existem empreiteiros beneméritos que após algumas reflexões do executivo prescindam alegremente dos contratos legítimos que têm em vigor sem evidentes custos para o município. São as famosas e naturais indeminizações... o contrário é que seria de espantar...
3- As dificuldades orçamentais e financeiras parecem também não ser um boa desculpa. Pelo que eu sei e acompanhei, qualquer uma dessas obras, tinha uma programação financeira para a sua execução perfeitamente identificada e programada.
4- Portanto, sinceramente não sei muito bem o que há mais ainda para estudar. Ou se tem ideias ou não se tem. E qualquer um desses projectos tinha, tem, uma lógica de coerência e de sentido pensada e bem definida. Neste caso espero, com curiosidade, pelos resultados do pretenso estudo.
Mas não deixo de me sentir algo apreensivo. Mira não pode passar mandato em mandato autárquico a colocar em causa projectos pretensamente de outros... As ideias e os projectos não se esgotam nas placas de inauguração, nem, sinceramente, acho que tenham um só dono... são mais que isso e envolvem muita gente...
... definitivamente o que me assusta e incomóda, são os procedimentos de pretensas avaliações de obras e de projectos quando se regem, mais por caprichos que propriamente por sentidos e coerências... pode parecer pouco mas, para mim, é o que estabelece a diferença entre mediocridade e competência...
..espero, sinceramente, que não seja este o panorama que me espera e para o qual me foi reservado lugar para assistir como vereador... Não foi, pois não João ? (Reigota)
... e por acaso já pensaram em quem foi o último presidente a criar em Mira um espaço urbano qualificado e pensado com coerência e equilíbrio ? ... pois... pensar com coerência, sentido e equilíbro não é assim tão fácil... e dá trabalho...
... resolvemos no período antes da ordem do dia, colocar algumas questões...
Uma houve que me deixou um pouco apreensivo, a questão e a resposta é evidente. Mas nada mais que isso... deve ser normal em início de mandato... Foi mais ou menos assim que aconteceu:
Ao almoço falámos precisamente de um certo desencanto com as agendas das reuniões... nada de assuntos relevantes e uma imensidão de papéis... e concordámos ser ainda muito cedo... o executivo está a tentar enquadrar-se nos assuntos... precisam de tempo...
... também comentámos o que se começa a ouvir pelas ruas e que nós ainda não tínhamos conhecimento formal... a suspensão de obras: o Centro Cultural, a Casa da Criança, o Parque Desportivo... e caso fosse verdade, achámos que seria no mínimo elegante terem-nos informado ou então, constar na Agenda da reunião uma qualquer nota informativa que indicasse intenção de nos informar sobre o assunto... mais que informar, penso até que esclarecer... mas nada...
Questinámos então da veracidade dessas informações e sendo verdade, se foram ou não acautelados eventuais custos adicionais ou outros comprometimentos contractuais com os empreiteiros... Respondeu-nos o Miguel, que de facto a Câmara Municipal suspendeu as referidas obras porque se encontra a estudar o seu sentido e a sua oportunidade face aos naturais constrangimentos financeiros da autarquia...
Não foi uma má resposta. Foi a única resposta que poderia dar e a que eu esperava ouvir. Gostei de ouvir o Miguel, de o ver participar com entusiasmo...aliás espero e desejo que assuma um papel de relevo neste executivo... seria uma aragem fresca na política local... Mas tal não significa que não tenha feito algumas reflexões. Como estas por exemplo:
1- Não se suspendem obras concursadas e em curso a não ser que se identifiquem e conhecem fortes razões que assim o justifiquem. Tais razões, pressupõem como é óbvio, estudo e conhecimento dos processos.
2- Não existem empreiteiros beneméritos que após algumas reflexões do executivo prescindam alegremente dos contratos legítimos que têm em vigor sem evidentes custos para o município. São as famosas e naturais indeminizações... o contrário é que seria de espantar...
3- As dificuldades orçamentais e financeiras parecem também não ser um boa desculpa. Pelo que eu sei e acompanhei, qualquer uma dessas obras, tinha uma programação financeira para a sua execução perfeitamente identificada e programada.
4- Portanto, sinceramente não sei muito bem o que há mais ainda para estudar. Ou se tem ideias ou não se tem. E qualquer um desses projectos tinha, tem, uma lógica de coerência e de sentido pensada e bem definida. Neste caso espero, com curiosidade, pelos resultados do pretenso estudo.
Mas não deixo de me sentir algo apreensivo. Mira não pode passar mandato em mandato autárquico a colocar em causa projectos pretensamente de outros... As ideias e os projectos não se esgotam nas placas de inauguração, nem, sinceramente, acho que tenham um só dono... são mais que isso e envolvem muita gente...
... definitivamente o que me assusta e incomóda, são os procedimentos de pretensas avaliações de obras e de projectos quando se regem, mais por caprichos que propriamente por sentidos e coerências... pode parecer pouco mas, para mim, é o que estabelece a diferença entre mediocridade e competência...
..espero, sinceramente, que não seja este o panorama que me espera e para o qual me foi reservado lugar para assistir como vereador... Não foi, pois não João ? (Reigota)
... e por acaso já pensaram em quem foi o último presidente a criar em Mira um espaço urbano qualificado e pensado com coerência e equilíbrio ? ... pois... pensar com coerência, sentido e equilíbro não é assim tão fácil... e dá trabalho...
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