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quarta-feira, dezembro 09, 2009

O andamento da "Videira Norte", o "Mira Villas" e o "Mira Oásis"

Texto de
João Milheiro


Devo começar por referir que as linhas que a seguir se seguem, têm por base de sustentação o artigo recentemente escrito pela Srª. Drª. Sandra Pereira (Vereadora com funções no actual executivo camarário) no jornal “Gazeta Popular” – 11JAN2008 – subordinado ao titulo: “Se bem me lembro…”

Nesse artigo, a Srª. Dr.ª Sandra Pereira, faz (com galhardia) a defesa do projecto de urbanização para a “Videira Norte”, na Praia de Mira, aludindo a um texto que teria sido escrito pelo Sr. Gabriel da Frada.

Confesso que não conheço o Sr. Gabriel da Frada e confesso, também, que não tive o prazer de ler o texto por ele escrito. Ainda assim, e reportando-me ao texto escrito pela Srª. Vereadora, facilmente se conclui pela existência de conflito. Conflito esse que se prende com o andamento que tem sido imprimido ao desenvolvimento da urbanização da “Videira Norte”.

Antes de avançar, falta ainda ir ao confesso mais duas vezes: Confesso que rigorosamente nada me move contra o desenvolvimento da dita urbanização da “Videira Norte” e confesso, ainda, que não tenho – ali – qualquer espécie de interesses.

“Já falado no tempo do falecido Presidente Dr. Mário Maduro e pelo Presidente da Comissão de Melhoramentos da Praia de Mira, na altura o Sr. Manuel Milheirão (também já falecido) o projecto da Videira Norte foi iniciado, pelo Dr. João Reigota”. Assim se pode ler no texto escrito pela Srª. Vereadora.

Mais do que saber quem pensou, quem idealizou ou quem falou no dito projecto, o que me interessa saber, e por comparação com outro projecto que orbita na área desta “enguiçada” freguesia da Praia de Mira (em que tudo - ou quase tudo - o que se planeia fazer e / ou desfazer demora quase sempre uma eternidade a ver a luz do dia) é a FORMA como se iniciou o projecto.

O projecto da Videira Norte, mesmo antes que as entidades competentes o “desenguiçassem”, foi iniciado com todos os “efs” e “erres”, eu explico: A – Desde a instalação da mais variada tubaria necessária para a construção das habitações e consequente ocupação pelos seus habitantes (água, esgotos, luz, gás, etc.); B – Passando pela existência de passeios públicos em toda a área do empreendimento; C – Pelo asfaltamento de toda a área circulável do empreendimento; D – Pela existência, desde o primeiro momento, de iluminação pública (para iluminar não se sabe bem o quê ou quem, visto que não há, por ali, uma única edificação construída. Aqui chegados seria, aliás, interessante saber quem, durante todos estes anos e todos os meses, paga a factura da electricidade que ali é consumida e isto, como é evidente, partindo do principio que ela - a electricidade - não será cedida de uma forma gratuita); E – Foi, durante bastantes anos, o único “empreendimento” na vila da Praia de Mira que, ainda antes de o ser, já estava servido por um parque infantil. Parque infantil esse que, entretanto, “bateu asas” e não se sabe – e eu gostaria de saber – aonde foi aterrar.

O projecto da “Videira Norte”, que se saiba, e partindo do principio de que não há erro na apreciação, não trouxe – passados todos estes anos – qualquer mais valia financeira para a Câmara Municipal de Mira. Bem pelo contrário: A Câmara Municipal de Mira, a dada altura (a acreditar no texto da Srª. Vereadora Sandra Pereira, no decorrer de um dos mandatos do Dr. João Reigota - 1997/2001 - segundo consegui apurar) prepara a área que irá albergar o empreendimento em causa. Para isso, predispôs-se a ali despender apreciável quantia de dinheiro. Sim, porque toda a panóplia de equipamentos ali instalados deve ter custado bom dinheiro… imagino eu… e também imagino – com alguma facilidade até – que parte do equipamento que ali foi instalado e decorridos todos estes anos (pelo menos 8 / 9 anos), não estará, por esta altura e por falta de uso, nas condições devidas para ser utilizado, daqui se concluindo pela prática de um duplo gasto: 1º. Aquando da instalação inicial dos equipamentos e 2º. Quando for dado o aval para o começo das construções e houver necessidade de proceder ao arranjo / substituição / reposição do que houver a arranjar / substituir / repor.

E sobre o projecto da “Videira Norte”, está (estará?) tudo dito. Vamos então, por comparação, a um outro projecto que orbita na área desta “enguiçada” Praia de Mira e que, em linha recta, se situa a escassas centenas de metros para sul do projecto da “Videira Norte”. Projecto esse que alguém entendeu denominar “Mira Oásis”… e que de Mira tudo tem e de Oásis tem muito pouco.

E – valha-nos Deus Nosso Senhor – que diferença de fazer as coisas, chegando eu a pensar, inclusive, que estamos em “planetas” diferentes: No primeiro caso, “Videira Norte”, a “coisa” pensa-se, gasta-se bom dinheiro a estruturar a “coisa”… e a “coisa” “enguiçasse” de tal forma que ainda hoje (e passados que estão um ror de anos) de construções… nem sinal.


No segundo caso, “Mira Oásis”, tudo é diferente… bem diferente mesmo: a “coisa” pensa-se, a “coisa “ não se estrutura, mas “atamanca-se” a “coisa”, a “coisa” não se chega a “enguiçar” e na “coisa” nascem construções qual campo de cogumelos em dia “molhado”. Construções essas onde os seus proprietários, para além de despenderem bom dinheiro na COMPRA DOS TERRENOS, despendem ainda mais bom dinheiro na construção das ditas – muitas delas a alcançarem valores na ordem das muitas centenas de milhares de euros – e por consequência disto, E DO PAGAMENTO DAS MAIS DIVERSAS TAXAS / CONTRIBUIÇÕES, contribuíram (e continuam a contribuir) para os cofres da autarquia com ENORME quantidade de dinheiro ao longo de todos estes anos.

Acontece que, voltando ao texto da Srª. Vereadora, “no Mira Villas e no Mira Oásis não existem só famílias “de fora” que lá vão passar férias e fins-de-semana. A realidade por si descrita (aludindo ao texto de Gabriel da Frada) não corresponde aos factos, sendo estes dois aldeamentos núcleos residenciais permanentemente (o sublinhado é da minha autoria) habitados por um bom número de Mirenses”. Mirenses esses, que no caso do “Mira Oásis” – acrescento eu – bem que mereciam mais consideração e respeito por banda dos sucessivos governos autárquicos que por cá nos têm… “a modos” que governado.

Eu não sei, sinceramente, se os habitantes do “Mira Villas” têm ou não razão de queixa da forma como são tratados pela autarquia. Que a diferença como se apresentam os dois empreendimentos (e é disso que também estou a falar… da apresentação) são mais que notórias, penso que não suscita a mínima das dúvidas ao mais comum dos mortais. Porque é que estas duas realidades são tão diferentes (será como comparar a água com o vinho), também não faço a mínima ideia. Mas, valha-nos Nossa Senhora da Conceição, tanta falta de consideração e tanta falta de respeito pelos habitantes do “Mira Oásis”, chega a ser verdadeiramente repugnante. Assim:

Desde a FALTA DE PASSEIOS PÚBLICOS: Apenas existem – e começam a apresentar péssimo estado – na rua principal, sendo que em qualquer dos núcleos, e são vários os núcleos, eles – os passeios – ou simplesmente não existem, ou vão sendo construídos a gosto dos proprietários das habitações já edificadas, originando (com o devido respeito pela boa vontade daquela boa gente e pelos euros por eles despendidos) uma autentica manta de retalhos. Manta de retalhos essa, que de retalhos tudo tem e de manta não tem nada;

ÁS VIAS DE COMUNICAÇÃO: Que interligam, e servem, todos os núcleos, num estado verdadeiramente deplorável. Neste ponto, convém não esquecer que estamos a falar de umas ESCASSAS CENTENAS DE METROS de vias de comunicação;

HÁ FALTA DE EQUIPAMENTOS URBANOS: Desde o “buraco” que um dia, quem sabe, há-de ser piscina, a um simples parque infantil para as muitas crianças que já por ali habitam e que, também aqui, se vêm despojadas de tão elementar equipamento, tudo é demonstrativo – como acima afirmei – da mais repugnante falta de consideração e respeito pelos cidadãos que ali têm as suas habitações e que para as ter, repito, “carregaram” – e continuam a “carregar” – com bom dinheiro para os cofres da autarquia.

Tudo visto e revisto:

Que o texto escrito pelo Sr. Gabriel da Frada, indignou a Srª. Vereadora Dr.ª Sandra Pereira… parece ser um facto.

Se a situação – a do “Mira Oásis” – traz a Srª. Vereadora Dr.ª Sandra Pereira, indignada e / ou preocupada… eu não sei.

Se a situação – a do “Mira Oásis” – traz os SEIS Srs. Deputados conotados com a freguesia da Praia de Mira à Assembleia Municipal (de entre os quais, E PRINCIPALMENTE, o Sr. Presidente da Junta) indignados e / ou preocupados… também não sei.

Se a situação – a do “Mira Oásis” – traz os restantes Srs. Deputados (de ambos os partidos que a compõem – PS + PSD – à Assembleia Municipal indignados e / ou preocupados… continuo sem saber.

Há, no entanto, quatro coisas que eu julgo saber muitíssimo bem:

A primeira das coisas, é que não será, certamente, desta forma que bem se dispõe dos dinheiros públicos: GASTA-SE onde tarda em render e não se INVESTE onde tanto tem rendido.

A segunda das coisas, é que não será, certamente, desta forma displicente, desprezível, que se trata o cidadão contribuinte.

A terceira das coisas, é que sempre as há que merecem bem a indignação de TODOS nós.

A quarta das coisas, é que estou SEMPRE receptivo a esclarecimentos que alguém entenda fazer sobre a matéria ora exposta e isto, bem entendido, partindo do princípio que os factos nela contidos não correspondem á realidade.

Praia de Mira, 2008FEV27

3 Comments:

  • At 16:40, Anonymous Anónimo said…

    Mas que grande azia anda por aí....

     
  • At 13:09, Anonymous Anónimo said…

    Mas tu é para ter protagonismo ou é azia mesmo? Deixa de escrever coisas sem interesse e dedica-te à poesia....

     
  • At 17:49, Anonymous Anónimo said…

    Se foi feito o loteamento e obrigatório fazer todos os acessos/ passeios/ iluminação/ equipamentos etc etc

     

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