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quarta-feira, setembro 27, 2006

Luta contra os incêndios florestais


Texto de
Carlos Monteiro

Perante os graves incêndios registados nos últimos anos no nosso país é necessário conseguir uma maior eficácia na luta contra os incêndios florestais.


E necessário envolver as populações locais e fomentar o voluntariado na prevenção, algo que está ao nosso alcance. Mas também é imprescindível erradicar a política do fogo e qualquer benefício que dela se possa obter, algo que só depende dos nossos responsáveis políticos.
No nosso país, em relação a incêndios florestais e ás causas que originam estes sinistros, existe um inadequado investimento público tanto na prevenção como no combate contra os incêndios, deficiências nos dispositivos de luta contra incêndios e políticas florestais erradas que se manifestam pela escassez ou abandono de investimento no sector florestal. A administração pública competente, os Municípios, assim como os responsáveis políticos devem prestar uma maior atenção ao problema dos incêndios florestais e tomarem medidas que erradiquem definitivamente este flagelo.


Os dois últimos anos ficaram caracterizados, por se terem registado os Verões mais negros no que a incêndios florestais diz respeito.

Em Portugal houve um incremento no orçamento da luta contra incêndios, não se percebe como o número de incêndios disparou chegando a ultrapassar os 30.000 sinistros anuais. Segundo um relatório do Parlamento Europeu, Portugal é o único país europeu que viu aumentar linearmente a sua superfície queimada ano após ano desde 1995. Em 2005 as áreas verdes queimadas superaram em 24 vezes as da França, quatro as da Espanha e triplicam as da Grécia e Itália.
Isto demonstra que algo está a falhar na nossa política contra os incêndios.


No entanto parece-me que as coisas melhoraram um pouco em relação a 2005 em termos de prevenção e combate aos fogos. No entanto, assistimos a mais um espectáculo lamentável, a troca de acusações entre dois ministros, sobre a responsabilidade da limpeza das nossas florestas.

È lamentável o facto de que em cada ano, chegado o Verão, os responsáveis da administração publica e comandos de bombeiros que gerem estes serviços, "inaugurem" a temporada de incêndios, fazendo crer o cidadão que este fenómeno seja algo natural e que se tenha que produzir inevitavelmente.

Um dos nossos problemas é a elevada percentagem de incêndios de causa desconhecida (entre os 20-25%). Dificilmente poderá desenvolver-se uma adequada prevenção sem se conhecer as causas que originam os incêndios. A sensação de impunidade dos incendiários é outro grande problema. No nosso país só se sanciona cerca de 2% dos infractores, este é um problema grave, porque se retira autoridade aos profissionais que trabalham na floresta e que funciona como um efeito dominó, pois cada vez mais as pessoas consideram que podem conseguir benefícios queimando a floresta sem que sejam punidas.


Na gravidade dos incêndios florestais reside o facto das suas consequências não se limitarem só ao sector ambiental, pois para além da destruição de espaços naturais de elevado valor, estes sinistros têm graves impactes sociais, com a perda de vidas humanas e importantes perdas económicas. Perante esta situação considero que nem a administração pública competente, e muito menos os responsáveis políticos estão a dar uma resposta adequada ao problema.

23 Comments:

  • At 17:08, Anonymous Anónimo said…

    Ó amigo Carlão,

    Tenha cuidado com o que diz senão é expulso do PS.
    Ou o amigo não se esqueceu que é o PS que está no Governo!
    Já agora amigos bloguistas, já leram o Diário de Coimbra de terça-feira. Leiam e comentem as notícias positivas, que este jornal traz sempre sobre Mira.

     
  • At 17:24, Anonymous Anónimo said…

    Um texto deveras muito elucidativo Sr. Carlos Monteiro, e o senhor como politico que é, o que tem feito para atenuar esta praga? O texto é muito bom, e no fim de o ler, não me trouxe nada de novo. Era bom ler um texto do mesmo autor dizendo o seguinte: vou propor esta medida em assembleia, e mais esta, e esta….para atenuar os incêndios na nossa zona.
    Abraço para todos.

     
  • At 17:40, Anonymous Anónimo said…

    O anónimo das 17.08 quer conversa.
    Sabe o que está no Diário de Coimbra? O resultado dos actos de pessoas como o senhor. Não sei se já reparou mas o assuntoaqui é outro e as "politiquices" ha muito que não andam neste Blog.
    De qualquer modo penso que a notícia não é bem sobre Mira.
    Será mais sobre a DREC.
    Vá lá não imteressa nada para Mira se a Prof Lurdes foi ou não cá colocada.Fale-se de assuntos sérios.já todos sabemos que ela anda a incomodar

     
  • At 18:01, Anonymous Anónimo said…

    A professora Lurdes Mesquita e os que a apoiam não têm vergonha alguma nem respeito pelo "povo". Como fazem esta também fizeram outras.
    Este é o verdadeiro incêndio de Mira e não há bombeiro que o apague!...

     
  • At 18:16, Anonymous Anónimo said…

    Mais um execelente tema que vou atrever-me a comentar dando opinião

    A questão dos incêndios deve ser vista sob duas perspectivas. Do lado dos privados, e com o decréscimo da importância da floresta para a economia familiar, resultou um evidente abandono com as consequencias ao nível da limpeza. Esta situação tornou-se mais gravosa quando as imposições urbanístico administrativas quase que proibem o uso para outros fins dos espaço s florestais. Ora, não havendo gente e havendo abandono e nenhuma limpeza, o resultado é previsível...

    Do lado dos poderes públicos assumir a vontade de proteger tudo e mais alguma coisa e não disponibilizar recursos financeiros, materiais e até metodológicos adequados, resulta em nada ou em coisas surreais como o abrir e o fechar da época dos fogos...

    Soluções:
    1- Estado Central tem de saber o que quer proteger e Investir (dinheiro também) nessa protecção

    2- Os terrenos privados podem e devem ser objecto de taxação em função da sua localização, uso e estado de limpeza... Por exemplo, não se limpa pode-se ser alvo de um processo de limpeza coersiva onde o Estado limpa e apresenta depois a factura... mas para isso tem de dar primeiro o exemplo

    3- As autarquia podem começar a dar exemplos positivos. Constituir empresas municipais para a limpeza e protecção de floresta prestando um serviço que será naturalmente pago e associar essa actividade ao desenvolvimento de projectos piloto na área da Bio Energia pode ser uma solução....

    4- A verdadeira protecção da floresta ocorrerá quando alguém, entendidade ou grupo privado necessitar dela pra fins económicos directos... A afectação de responsabilidades na protecção e defesa da floresta a privados mediante a concretização de projectos ligados ao Turismo ou outros pode ser tb um caminho(exemplificando... podia ter sido interessante aquando da autorização para a execução de um empreendimento como o Mira Villas que tivesse ficado definido uma áraea de 500 ou 1000 ou 2000 hectares afecta a esse projecto imobiliário, sob a responsabilidade directa do promotor imobiliário na protecção e defesa da floresta

    Somando todas as hipóteses há imensas soluções que em muito ultrapassam o proibir por proibir e a defesa da floresta assente em discursos e em pretensas práticas que não passam do papel ou são apenas práticas de cosmética....

     
  • At 10:59, Anonymous Anónimo said…

    Este ano houve menos incêndios certamente porque colocaram uma espécie de relógio a avisar para o grau de risco. Sim senhora grande inciativa e que praticamente não deve ter custado nada ao Estado. Vivemos de folcolore, de festas e de intensões.

     
  • At 12:08, Blogger Carlos Monteiro said…

    Foi um ano difícil para as áreas protegidas, que foram muito afectadas pelo fogo.
    Foi disponibilizado para o Instituto Conservação da Natureza (ICN) uma avultada verba para estudos. Parece-me haver estudos a mais e acção a menos.
    A ideia que tenho em relação a essas verbas, é que são sempre insuficientes, isto porque raramente são utilizadas no sítio onde devem.
    A prevenção dos incêndios dentro das áreas protegidas foi bem feita?

    Fiquei desiludido com o trabalho de prevenção feito pelo ICN. Havia um plano interno muito completo. Quando vi a notícia dos fogos nos parques naturais, confesso que fiquei apreensivo e consultei o estudo avaliação, para saber se tinha sido um fracasso do plano, ou contingência das condições atmosféricas. Detectei que houve de facto algumas falhas em relação ao estudo de avaliação. No entanto atribuo grande parte do contexto mais às condições atmosféricas, situação semelhante ao que se viveu no resto do País.

    Não há ainda um balanço dos estragos e não estão previstas ainda quaisquer acções de recuperação.
    Embora as perdas de conservação não se meçam ao hectare. Houve perdas muito graves na Serra da Estrela e no Parque Natural Peneda-Gerês que demorarão décadas a recuperar, também houve outras sem a importância destas. Mas o dano parece ser demasiado preocupante e há necessidade de intervenção, porque existe potencial de regeneração das espécies.

    João,

    Não podia estar mais de acordo contigo.
    Quase tudo o que escreveste no teu post, está previsto no plano de prevenção e protecção, neste plano há imensas soluções, mas é como dizes, a inoperância dos serviços competentes é grande, por isso as coisas não passam do papel e são apenas uma prática de cosmética.


    Senhor Lendário,

    Não são necessários mais estudos ou propostas na área de protecção de incêndios, porque conforme digo no meu post, já existem estudos a mais e acção a menos.
    Aos Municípios exige-se mais acção e que cumpram e façam cumprir os planos existentes, só isto e nada mais.
    Ao longo das suas intervenções no blog tenho verificado que os meus textos o incomodam. Embora reconheça que não sou um expert nestas matérias, pode ter a certeza que incomodo muito mais gente.
    O objectivo dos meus textos é o de aprendermos alguma coisa uns com os outros. No entanto já verifiquei que consigo não aprendo nada.

    Um abraço,
    Carlos Monteiro

     
  • At 14:18, Anonymous Anónimo said…

    Amigo Carlão,

    Se estás à espera de aprender alguma coisa com este tipo gente, podes esperar sentado...
    Também é verdade que começas a incomodar estes senhores e de que maneira!
    A política é assim... e tu já o devias saber.
    A coragem de criticar publicamente políticos da mesma cor, não é para todos... é só para alguns!
    Contínua, porque é bom aprender sempre mais alguma coisa com quem sabe.
    Um abraço

     
  • At 14:20, Anonymous Anónimo said…

    DIREITO DE RESPOSTA
    Sr. Carlos Monteiro, mais uma vez reparo no inconformismo do Sr. em receber alguma crítica, vá ler novamente o meu post, e veja se está escrito alguma coisa que transparece algum incomodo, e mais lhe digo caro socialista, estou a favor de quase todos os seus textos, é uma questão de ir ler os meus post anteriores. Agora eu não tenho culpa alguma se depois de eu ler os textos publicado pelo amigo socialista, poça colocar de alguma forma questões que o incomodem, ou que deitem por terra o seu propósito aqui no blog. Mais; nunca, por nunca ser, pensei ou penso ensinar seja o que for ao caro amigo. Em relação a aprendermos qualquer coisa com os seus textos, tinha toda a razão, fossem eles textos com sumo, com novidades, e não aquilo que todos sabemos, se calhar não sabíamos era a sua preocupação e o meu caro amigo queira dar a conhecer, vai lá saber-se porque. Era mais útil ao leitor do blog, se o caro amigo respondesse as questões colocadas nos post, e deixar a democracia seguir o seu caminho, coisa que o Sr. deve desconhecer. Abraço a todos, e também ao Sr. Carlos Monteiro

     
  • At 17:11, Anonymous Anónimo said…

    Gostava de perguntar ao senhor Anonymous das 17:40, porque é que o “caso do lugar guardado” não interessa. A mim e a muitos outros mirenses, interessa e muito, porque isto a ser verdade mostra aquilo que foi e continua a ser feito na governação do país e de Mira desde o tempo dos Cunhas. Interessa-me tanto saber o que se passou na realidade, (e carta enviada ao jornal pelo presidente do concelho executivo da escola não me diz nada), como me interessa saber o que faz o Sr. Carlos Mendes na biblioteca… é um mero utilizador daquele espaço? Se sim, porque não está junto dos outros utilizadores da biblioteca, porque tem direito a um “gabinete” só para ele (e para as crianças que lá brincam). Estará ele a trabalhar para a Câmara Municipal? Para o P.S. ? É remunerado por isso ou é por carolice? Aquele comunicado do P.S. no jornal O Principal, Se alguém souber que me esclareça por favor.
    Quanto ao texto do Sr. Monteiro peço desculpa pela minha ideia mas não acho que traga nada de novo, só talvez o facto de trazer o caso a discussão.
    Já em relação ao post do Sr. João, gostei do que li mas… no caso do Miravillas segundo se constou na altura, foi uma coincidência muito vantajosa o incêndio naquele local, apesar de ele ter vindo de longe. Quando fala no proibir por proibir, acho que deveria ser proibido tirar qualquer madeira restante dos terrenos ardidos, excepto pelos proprietários e em poucas quantidades, deveria ser proibido construir o que quer que fosse durante pelo menos uns 10 anos, principalmente quando se provasse que o incêndio tivesse origem em mão criminosa.
    Quanto a mim os estudos, não são mais do que encher papos, porque se fazem tantos estudos a tão elevado preço? Para irem para a gaveta? Alguém perguntou aqui pelos estudos sobre a barrinha e sobre os seus custos, alguém deu alguma luz sobre isso? Não me parece. Os estudos da barrinha devem ter sido engolidos pelo papão que engoliu a auditoria ás contas da Câmara no tempo do executivo do P.S.D.
    E para acabar, Li no Diário de Coimbra uma entrevista em que o Dr. João Reigota diz que se a Câmara for de novo, condenada a pagar os 16 milhões de euros à Mira férias a Câmara terá que fechar as portas. Alguém me sabe dizer o que acontece se a Câmara falir? Passaremos a pertencer a Vagos? A Cantanhede? Podem-me explicar o que acontecerá.

     
  • At 22:55, Anonymous Anónimo said…

    A minha primeira vez....
    sendo um leitor e escritor pouco disponível, mesmo assim, não poderia deixar de comentar um texto tão quente quanto este.
    Sendo escrito por alguém de Mira, estava ansioso por ler alguma justificação plausível pelo que tem acontecido à floresta que me viu nascer e que agora vejo morrer...esperava também vislumbrar qualquer receita ou sugestão que conduzisse ao que todos pretendemos,...ter uma floresta forte e saudável mas,...desilusão...mais do mesmo.
    De facto não me atreveria a vir a público se não tivesse uma sugestão, por muito insensata que ela possa parecer a muitos de vós.
    ...também concordo com tudo o que se diga sobre o abandono conjuntural da floresta, em que as actividades primárias dela não dependem...concordo quando se diz...que o estado obriga a limpar a “casa” dos outros e não limpa a sua...etc, etc,...
    há uma coisa, porém, com a qual eu não posso concordar que é o fechar e proibir a utilização da floresta com a intenção de a proteger. Ao contrário..., se não fomentarmos a utilização regrada da floresta, todos aqueles que, como eu, se emocionam com uma bela paisagem verdejante e frondosa, seremos decepcionados num curto prazo.
    É comum pensar-se e agir-se em Portugal, onde tudo o que seja “reserva de qualquer coisa” o melhor é proibir, inibir, afastar, e colocar numa bela redoma, expectantes pelo futuro. Há quem pense exactamente o contrário, tudo ou quase tudo é passível de ser utilizado e usufruído desde que sejamos nós a estabelecer as regras dessa utilização.
    Não me querendo alongar mais e tal como prometido deixo aqui algumas modestas sugestões que julgo poderem fazer algo pelas nossas florestas...
    1º. - Em cada concelho criar espaços próprios e acessíveis (divulgação pública obrigatória) para os pequenos dejectos caseiros e Industriais, que todos nós vemos espraiados nos acessos à floresta, confinantes com a via pública. Depois disso, com uma fiscalização mais apertada, “ter mão” verdadeiramente pesada para com os infractores, acabavam as desculpas;
    2º. - Centralizar a venda de consumíveis para o combate a incêndios, por exemplo: qualquer coisa como uma “Central de Compras do Estado”, onde os preços fossem controlados/regulados, há muita gente a querer vender muitos destes produtos e quantos mais incêndios houver......;
    3º. - Conciliar interesses e aproveitar as sinergias existentes, i.é, há quem goste de passear pela floresta ao invés de ir “secar” para uma qualquer fila de trânsito. A floresta tem “trilhos”, “corta fogos”, “aceiros”, “caminhos”, que poderão ser cuidadosamente seleccionados para neles circularem viaturas motorizadas. Para além de os manterem limpos/acessíveis, garantiam alguma vigilância que poderia ser previamente negociada e acordada,....por favor, não me venham com a desculpa de que essas viaturas podem incendiar as florestas.
    4º. Licença de Utilizador da Floresta, à semelhança do que hoje existe para a maioria das nossas actividades quotidianas (Lazer e Desportivas), a intenção desta LUF seria a de monitorizar e conhecer potenciais utilizadores da floresta. Quem gosta verdadeiramente da floresta não se inibiria declarar o que nela pretende fazer, como actividade mais provável. Apesar de parecer bizarro, julgo que qualquer situação será melhor do que a actual, em que cada um de nós está proibido de entrar e usar a floresta, sob pena de ser capturado como um verdadeiro criminoso.
    Com tudo isto espero não ter ferido susceptibilidades mas sim ajudado na busca de eventuais soluções que conduzam à prevenção e defesa da nossa floresta, para que as gerações vindouras também possam sentir o prazer de inalar o odor de um verdadeiro pinheiro bravo...pinus pinaster.
    PDM

     
  • At 16:53, Anonymous Anónimo said…

    Caros amigos João e Carlos Monteiro:

    Em primeiro lugar felicitar-vos pelos vossos textos bem como outros esclarecimentos que têm prestado.

    Claro que tenho acompanhado, sistematicamente, o desenrolar das intervenções/opiniões sobre os dois últimos temas.

    Curiosamente de quem podia dar-nos algumas informações, talvez mais tranquilizadoras, não o fez ou entende não ter nada que dar "confiança" aos MIRENSES.

    Após a vossas opiniões e algumas, embora anónimas, também interessan tes, ficam-me, sobretudo sobre o penúltimo texto, algumas interrogações a pensar.

    Porque foi MIRA "contemplada" com este investimento?

    Pelas razões apontadas aqui e em jornais locais e regionais, não me convencem!

    Por "apoio/favor" político á actual gestão?

    Por "distracção" de outros munícipios?

    Não questiono a posição assumida pelos membros dos orgãos autárquicos sobre a matéria.

    Percebe-se, perfeitamente, as diferentes posições.

    No entanto, fica-me mais uma grande dúvida.

    O reconhecimento de interesse público sem os tais estudos que não estarão feitos ou ainda não bem esclarecidos a quem interessa?

    E, já agora, não haverá outros investimentos de interesse público no concelho?


    Mira poderá ter um "presente" envenenado.

    Espero que não.

    Confio nos "especilalistas" para nos indo informando.

    MIRA É GIRA!

     
  • At 22:03, Anonymous Anónimo said…

    Olhe Senhor Lendário…
    Parece-me que o senhor é que não sabe aceitar uma crítica.
    Já não é a primeira vez que o senhor na análise que faz aos textos do senhor Carlos Monteiro, os remete para o presidente do município ou para a assembleia municipal. No entanto já não usa o mesmo tipo de tratamento com o senhor João Rua, porquê? Ele também é vereador, ou será por ser do seu partido? (com todo o respeito que tenho pelo senhor João Rua).
    Senhor Carlos Monteiro, embora saiba quem é, ainda não o conheço pessoalmente, no entanto peço-lhe que continue a escrever, porque o faz muito bem.
    Este tema actual que nos trouxe, as denuncia que fez e as estatísticas alarmantes que nos apresentou, só não são importantes para algum tipo de pessoas.
    Um abraço para todos e para o senhor Lendário também.

     
  • At 10:35, Blogger Carlos Monteiro said…

    Caros amigos bloguistas,

    Ao escrever este texto, a minha intenção foi para além de denunciar situações pouco benéficas para as nossas florestas, foi também o trazer para a discussão um tema actual que nos preocupa.
    Embora não sendo um especialista na matéria, não compreendo a existência de tantos planos e tantos estudos.
    Alguns dos quais passo a citar:

    ICN – Lei de bases para politicas florestais
    - Lei de bases para zonas especiais de protecção natural
    APIF – Agencia de prevenção dos incêndios florestais
    PROF – Planos regionais de ordenamento florestal
    PGF – Planos de gestão florestal
    PDF – Planos de defesa da floresta
    IRID – Índice de risco de incêndio diário

    Estudos... mais estudos... enfim, tantos estudos para quê?
    Adiar nunca foi solução.
    Apesar do aumento de estudos e investimento, várias medidas foram tardiamente contempladas na legislação, o que sem um empenho adequado, impossibilitou resultados práticos já neste Verão. A APIF não funcionou, o IRID não foi divulgado, a legislação que impede a utilização do fogo junto aos espaços florestais não foi aplicada, a maior parte das zonas de risco continuam sem a necessária limpeza selectiva de matos, as corporações de bombeiros não tiveram meios adequados para desempenhar as suas funções, as equipas de sapadores florestais são escassas, os meios aéreos, embora reforçados, continuam a ser insuficientes e foi notória a falta de coordenação entre alguns sectores.
    A quase totalidade dos incêndios florestais são da responsabilidade da mão humana, quer sejam em situações de negligência quer de forma criminosa. Por essa razão é imprescindível que todos os cidadãos se sintam responsabilizados pela prevenção, vigilância e mesmo no combate aos fogos florestais. Ao contrário do que alguns comentadores deste blog pensam, é fundamental desenvolver campanhas que sensibilizem e promovam o envolvimento da sociedade nesta questão.
    A médio prazo, mas iniciando desde já, é imprescindível um adequado ordenamento e uma correcta gestão florestal. Deverá ser promovida a diversificação dos espaços florestais, garantindo uma floresta que integre zonas de cultivo. A floresta terá de conciliar os espaços de produção com os de conservação, não devendo ser permitidas grandes extensões de monoculturas. Deve ser promovida a utilização das espécies folhosas autóctones com o sobreiro e a azinheira que tornarão a floresta mais resistente ao fogo.
    Enquanto não forem alteradas as condições estruturais da nossa floresta, não se adaptar uma gestão adequada e não for assumida a prevenção como prioridade, arriscamo-nos a repetir os incêndios que tantos prejuízos têm trazido ao nosso país.

    Comprometidos com a proteção das nossas florestas, reconhecemos o papel central da cidadania, baseada no respeito a todas as formas de vida. Por trás do drama dos fogos e dos sinais inequívocos de destruição das nossas florestas, existe uma questão mais profunda, que é a ética, a avliação, o modo de ser, de posicionar-se e de relacionar-se a todos os níveis. Por isso, é compreensível que a nossa postura ética passe pela sensibilização, para conseguirmos atingir o tão desejada sustentabilidade das nossas florestas.

    Carlos Monteiro

     
  • At 14:09, Anonymous Anónimo said…

    Meu caro amigo anónimo das 22:03, para não me alongar muito só lhe pedia para ler post anteriores, e alguns deles do João Rua, em que eu me manifesto contra as ideias dele, tem é uma pequena diferença, ele não ressabia com as minhas opiniões contra, ele aceita a critica, em relação a mim, tenho a dizer-lhe que também as aceito, só que ainda não o fui, pura e simplesmente o senhor Carlos Monteiro desatinou mais uma vez pelo meu comentário. Se reparar bem eu não critico, eu faço questões, certo é que incomodam um pouco. Em relação ao P.S.D., sou militante sim senhor, mas também não concordo com tudo, é como lhe digo, vá ler os meus comentários anteriores. Abraço a todos (sem excepção).
    P.S.: qualquer tema que esteja relacionado com Mira é importante para mim, logo que seja em tempo útil, e não para ocupar espaço, tempo e protagonismo, entendeu?

     
  • At 18:13, Anonymous Anónimo said…

    Então está preocupado com o protagonismo do Carlão neste blog?
    deixe-se disso já leu o post das 10.35.
    Leia e aprenda alguma coisa!

     
  • At 15:12, Anonymous Anónimo said…

    Senhor Lendário
    Os Blogs conquistaram um lugar central no nosso quotidiano: para além da imprensa escrita e falada, os blogs são sem dúvida, grandes fornecedores de informação e também de convicções. São os suportes que informam, moldam e constroem a nossa opinião.
    Aquilo a que se chama "opinião pública", diz respeito à reacção de uma comunidade a um assunto que tenha significado geral, embora cada vez seja mais difícil concretizar o que é ou não é de significado ou interesse geral.
    O que se verifica e distorce a sua análise é que a sua opinião pessoal, para além de precisar de alguma magnitude, também carece de fundamentações para que suportem as suas afirmações. As coisas sempre foram assim, “quem não realiza o seu próprio potencial é improvável que reconheça o potencial dos outros”.

    Este texto é importante, realista e actual, mas vai contra a natureza de algumas personagens, que para escaparem à atmosfera sufocante deste mundo provinciano, fazem de conta que não percebem a dimensão do que nos é exposto.
    Este tipo de intervenções, que segundo comenta só ocupam espaço e tempo, determinam cada vez mais a nossa opinião, forçam os políticos a concentrarem-se num constante fluxo de controvérsias. O efeito que se constata é a aceleração da vida política, forçando os governantes a tomar decisões acerca de matérias cada vez mais complexas a uma velocidade cada vez maior.
    Parafraseando aquela velha oração plena de sentido, necessitamos de iniciativa para resolver os problemas que podemos resolver, de paciência para suportar os que não podemos resolver e sabedoria para discernir a diferença.
    Para terminar, digo-lhe que o Eng. Carlos Monteiro não necessita de escrever neste blog para se promover, só o faz, segundo me confidenciou, porque é amigo pessoal do Dr. João Rua há muitos anos.

    Um abraço para todos,
    C. M. G.

     
  • At 09:45, Anonymous Anónimo said…

    Dr. Rua
    Peço-lhe que publique este post porque foi aqui que tive conhecimento do MIRICES e naquele espaço não "postam" comentários contrários ao regime socialista do Dr. João Reigota.


    "Senhor Barnabé

    Em primeiro lugar deveria ter avisado todos aqueles que visitam este blogue de que apenas se publicam comentários a louvar as acções do Senhor Presidente da Cãmara de Mira, Dr. João Reigota, e membros do partido socialista. Criou este blogue em resposta ao do Dr. João Rua, com o propósito de ser um espaço de propaganda politica do partido no poder e de ataque aos que ousam discordar. Já vivemos tempos identicos. O ESTADO NOVO.

    O Senhor além de não publicar os posts contrários à ideologia do regime ainda se refugia num pseudomino. Revela falta de coragem, a assunção de objectivos obscuros e um enorme défice de cultura democrática. Mirices não passa de uma espécie de cartas anónimas adoptado pelo partido socialista aproveitando as tecnologias da informação.

    Intuindo que não publica este post vou envia-lo ao Mirapolis (ali até Carlos Monteiro tem obtido protagonismo e alguma credibilidade).

    Até sempre. "

    Obrigado e continue na senda da democracia e defesa dos valores éticos que deveriam reger a nossa sociedade.

    Bem haja.

    Che Guevara de cá

     
  • At 11:00, Anonymous Anónimo said…

    Senhor Che Guevara de Cá intuiu mal

    Todos os comentarios que surgem no Mirices sao previamente vistos pelo autor do blog, surgem la comentarios de todos os tipos, mesmo aqueles que criticam o actual executivo municipal. Outra coisa será inserir comentarios ofensivos ao bom nome das pessoas, esses certamente nao surgirão no blog. Nao queira fazer o mesmo que aconteceu no periodo eleitoral em que o blog Mirapolis serviu para lavar a roupa suja de muita gente...Agora creio que os comentarios aos textos sao previamente lidos pelo responsavel do blog, ficando a sua divulgaçao á sua responsabilidade.

    Pretende se informar nao conspurcar

     
  • At 11:45, Anonymous Anónimo said…

    Senhor Lendário,

    Permita-me não concordar consigo, o texto do Carlos Monteiro é um texto importante e actual, não porque contenha palavras muito bonitas, como o Carlos tão bem sabe escrever, mas porque é directo franco e certeiro. A grada-me que este blogue seja um espaço de discussão porque a discussão implica que haja quem o leia, quem concorde e quem discorde. Nada mais saudável do que o debate de ideias. Sendo o blogue uma página onde expressamos as nossas opiniões é assim que ele cumpre a sua função.

    Em meu entender, são injustas as criticas que dirigiu ao Carlos Monteiro.
    Entendo perfeitamente o que o senhor pretende dizer com tentativa de promoção. Agora essa de ocupação de tempo e espaço. No mínimo tenha mais respeito pelos outros! Quero dizer-lhe a si e também a todos que escrevem textos ou posts para este blog, todos somos importantes para este espaço, mesmo quando a escrita não nos agrada, é sempre bem vinda porque ela resulta de um modo de sentir, de um expressar o que nos vai cá dentro, esse resíduo resultou da vida que foi e é uma parte da sociedade

    Quero com isto dizer, que também os bonitos e tão bem elaborados textos do Carlos, e os posts de outros bloguistas de qualquer estilo e de qualquer sensibilidade são sempre uma forma de discussão e debate de ideias.

    Um abraço

     
  • At 11:54, Anonymous Anónimo said…

    Por favor meus senhores, exige-se que tenham:

    Respeito pela administração central responsável.
    Respeito pelos incendiários.
    Respeito pelos mandatários dos fogos.
    Respeito pelos madeireiros.
    E sobretudo mais respeito pelo senhor Lendário.

    Depois sujeitam-se a ouvir critica que não gostam...e com razão, vocês não respeitam ninguém!

     
  • At 20:25, Anonymous Anónimo said…

    Calculo que tenho sido para informar que chamaram aqueles nomes todos à Lurdes Mesquita.
    Certamente que foi.Porque não publicaram lá a lista de empregados na Câmara neste ultimo ano?Para informar também?E já agora um último aparte:tanto quento sei o Mirapólis começou já depois do acto eleitoral de 10 de Outubro.Se calhar quem está confundido são os Srs que ainda pensam que estão em campanha.
    Dr. João peço que publique.

     
  • At 09:17, Anonymous Anónimo said…

    Mais uma vez intuíu mal senhor

    Pergunte ao sr. responsavel por este blog a data em que começou com ele (ele será sincero e certamente lhe responderá).

    Mais informao que a maior parte dos textos do Mirices sao retirados da imprensa.

    Agradecendo o espaço que aqui me dao apelo a que comentem os textos

     

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