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quarta-feira, setembro 20, 2006

PESCANOVA. Intenções e Dúvidas antes do Projecto


texto de
João Rua


I
Notícias recentes anunciavam-nos fortes investimentos da Multinacional Pescanova em Mira. E na agenda para a reunião de Câmara do passado dia 12 de Setembro lá constava a proposta do Executivo para “Aceitação e declaração de interesse público municipal do projecto de instalação de uma Unidade de Aquicultura de Pregado”.

Foi com muita curiosidade (porque não é todos os dias que se discutem projectos tão estruturantes), e também com alguma apreensão (porque para se discutir assuntos destes pressupõe-se haver conhecimento disponível… e neste caso não havia), que compareci na Sessão de Câmara. Da informação facultada previamente à Sessão de Câmara apenas constatava que a PESCANOVA pretende executar um Projecto do qual fazem parte " unidade de aquicultura, incluem-se também fábrica de rações, fábrica de embalagens, sala de processamento do Peixe, com objectivo de o produto chegar ao consumidor já transformado (evisceração, corte e filetagem)" .

No final da reunião, e após discussão de vários pontos de vista, fiquei a saber que não existe conhecimento de qualquer Projecto. Nem sequer sei se existe projecto. Existe sim, é a manifestação de uma ideia e de uma intenção de Projecto.
Aliás, tanto o Presidente João Reigota como o Vereador Miguel Grego foram claros em assumir o desconhecimento de um projecto concreto e em afirmar que o que estava em jogo era Mira assumir um posicionamento claro que mantivesse o concelho nas opções de uma eventual localização futura de tal investimento. Mira não é a única localização possível. O quadro competitivo e concorrencial por este investimento joga-se a diversos níveis, nacional e mesmo internacionalmente.

Informaram-nos ainda que a localização pensada seria a Sul da Praia de Mira, na proximidade da Rotunda onde convergem as vias que vêm do Casal, da Tocha e da Praia. Que as fábricas referidas podem ou não ficar aí instaladas ou ser deslocalizadas para Zonas Industriais; que a dimensão do projecto ainda não é certa e que aspectos mais concretos do mesmo não são ainda conhecidos. Que foram dadas garantias que todas as preocupações ambientais serão tidas em conta....

Muitas indefinições e quase nenhumas certezas. Estamos de facto no campo das hipóteses. Uma certeza parece no entanto evidente. Trata-se de um projecto estruturante mas que terá forçosamente impactes significativos no meio local. Positivos e Negativos (essencialmente ambientais e de Imagem) também. Resta-nos, não perdendo para já a oportunidade, de esperar pelos dados concretos e então sim, proceder a uma avaliação de custo benefício adequada e rigorosa.

Por agora não se aconselham, nem Entusiasmos nem Pessimismos excessivos. O bom senso sugere que se mantenha a Oportunidade mas também que se garanta o Conhecimento, o Estudo e a Negociação do Projecto e das suas reais implicações. Só então poderá haver espaço para uma boa decisão !...


Trata-se de um Investimento que envolve a participação da Agência Portuguesa para o Investimento API- e do Governo Português e interessa tudo a Mira menos, nesta fase das hipóteses, ficar de fora. Portanto, a questão que se colocava era O Executivo demonstrar qualquer coisa do género: "...Mira está interessada em receber o Investimento da PESCANOVA. Dispõe de acessibilidades e de vontade em encontrar localizações possíveis".

Logicamente que a demonstração de uma vontade política afirmada e o mais consensual possível dá pontos favoráveis ao município relativamente à concorrência num contexto de negociações políticas que é de facto, bastante concorrencial e competitivo. Tal posição não invalida nem compromete o Executivo, que futuramente perante o Projecto concreto, deve avaliar e discutir a oportunidade e sentido da execução do Investimento. Mas para isso é fundamental que se obtenha mais informação concreta e se avaliem, conscientemente e sem a pressão do "mais emprego e mais investimento", os prós e os contras....

II

E que questões devem ser tidas em conta ?
Muitas. Como qualquer projecto desta dimensão nada é pacífico e de verdade absolutas. Haverá vantagens como haverá desvantagens. Há que fazer balanços antes de tomar decisões.

Se começarmos por navegar na NET verificamos que o assunto da PESCANOVA não é novo nos nossos vizinhos da Galiza. E nem tudo é um mar de rosas a nível de investimento, emprego e crescimento económico.

Para saber mais:
http://noticias.ya.com/local/galicia/09/06/2006/pescanova-ubicacion-planta.html
http://www.lavozdegalicia.es/inicio/noticia.jsp?CAT=126&TEXTO=5078501
http://foros.vieiros.com/foros/viewtopic.php?t=2177&start=0&postdays=0&postorder=asc&highlight=&sid=45191c9b9bee86f5248fd3f1e8f69bf2


Com a ausência de Informação, nós vereadores sem pelouro, decidimos alertar para um conjunto de questões que o Executivo deve poder e saber analisar, estudar e responder antes de tomar quaisquer decisões sobre um Projecto Concreto. E foram estas:


a) Nos órgãos de informação espanhóis nomeadamente da Galiza pudemos constatar que o processo de negociação da Pescanova com Municípios e mesmo com a Junta da Galiza não chegaram a bom termo. Uma das razões que estiveram na base desse insucesso, refere-se à ideia defendida de que “nenhuma área protegida da Galiza nem nenhum outro local de importância natural comunitária deveria receber uma “unidade deste tipo” que sem qualquer dúvida prejudicará toda a envolvente e mudará o ecossistema do lugar.” Não somos assim pessimistas mas para isso necessitamos de saber o mínimo sobre o projecto.

b) Para além da Unidade de aquicultura inclui-se no Projecto Fábrica de rações, fábrica de embalagens, sala de processamento de peixe (evisceração, corte e filetagem). Haverá problemas como Cheiros ? E os efluentes?

c) Onde se localiza ? Nas dunas ?, no mar, na floresta? Na Barrinha? Que área consome? 1 Hectare ? 10? 100? 500? Que dimensão das unidades fabris?

d) O que se produz ? Qual a natureza dos efluentes. Que soluções estão preconizadas?

e) Quanto se produz? Qual a quantidade de efluentes… Como se tratam e para onde se descarregam?

f) Onde o projecto interfere com o meio ambiente? Como se concilia com a aposta no Turismo? Que está previsto para a defesa e salvaguarda de uma Imagem do lugar?

g) Como vai ser alienado ou cedido o terreno? Que garantias tem a Câmara Municipal da criação de emprego? E que tipo de emprego será criado?
III

Apesar de todo o quadro de indefinição em torno da tal intenção e ideia de projecto, a votação da proposta “Aceitação e declaração de interesse público municipal do projecto” foi unanimemente favorável.Os com Pelouro porque tinham apresentado a proposta e nós, os outros sem Pelouro, porque entendemos que as ideias e as intenções de investimento não podem ser rejeitadas logo à nascença sem uma avaliação concreta e rigorosa. Antes devm ser avaliadas em sede de projectos concretos.

Os tempos de Negociação destes Investimentos são curtos e exigem disponibilidade, rapidez e antecipação. A competição é intensa a nível nacional e internacional. E há de facto oportunidades que apenas surgem uma vez. O Governo português tem feito um esforços na captação de investimentos e deste em particular e acreditamos que o projecto pode ser interessante e importante para Mira. Mas, reafirmamos, “pode” !... É apenas uma hipótese. Não é uma certeza.

Até lá muito estudo e análise deve ser feito. Por isso reafirmámos que este passo não dispensa a necessária atenção para as questões que levantámos. Porque interessa o desenvolvimento mas não a qualquer preço.

IV

Não podemos ter medo do Futuro, muito menos de projectos e de tomar decisões, arriscando. Mas também é certo que cada vez mais nos é exigido além da sensibilidade e do bom senso, perspicácia !...

É que a história às vezes repete-se… mais ainda quando não temos cuidado na avaliação e na simplicidade das leis do bom senso, como esta: “Quando uma coisa nos parece demasiado boa para ser verdade, regra geral, nunca será verdade”. Esta preocupação é tão mais relevante quando no concelho e há não muitos anos atrás, assistimos ao anúncio, pelo Governo e pelo Município de então, de um grande projecto de Ortofloricultura e hoje, olhando para trás o que vemos?

26 Comments:

  • At 23:14, Anonymous Anónimo said…

    E agora?
    Na Assembleia Municipal:

    Vamos tirar a prova dos nove ao eng. Carlos Monteiro.
    Vamos ver o que tem mais peso, a consciencia ambiental ou a fidelidade "quse canina" ao partido e ao Boss.

    E o presidente da junta da Praia?

    E os outros deputados da nossa praia?

    Qual a posição da Vereadora Sandra na defesa dos interesses turisticos da nossa praia??

    Aguardemos .... e depois tiraremos as nossas ilações....

     
  • At 10:56, Anonymous Anónimo said…

    QUEM QUISER SABER COMO É QUE SE PAGAM FAVORES POLÍTICOS NESTE CONCELHO E SE DEFENDE OS AMIGOS DA CÔR É PASSAR AGORA PELO CAFÉ DA "MARIA CATAÇA" EM PORTOMAR E VER COMO O QUE DE LÁ VAI SAIR.

    ATÉ ACONCELHO A TIRAR UMAS FOTOS DE COMO ESTÁ AGORA AQUELE PACEIO E DE COMO VAI FICAR DAQUI A UNS DIAS.

    SERÁ QUE OS DONOS DOS OUTROS CAFES TAMBEM VÃO TER ESTA ATENSÃO?


    OBSERV.

     
  • At 11:43, Anonymous Anónimo said…

    Como militante estava à espera de ver os vereadores do PSD a lutar com garra contra esta câmara de reconhecido baixo valor e não a ajudá-los. Mas também sei ver que são atitudes destas que podem mudar estes políticos de meia tijela que só se interessam por intrigas e garreias à moda antiga.

     
  • At 14:25, Blogger Carlos Monteiro said…

    João,
    Concordo na íntegra com o teu texto.
    Embora seja verdade que nada há de conclusivo sobre este projecto, até porque as negociações ainda decorrem com o governo. O promotor do projecto não nos adianta nada sobre pormenores do mesmo, enquanto as negociações não estiverem concluídas.
    Gostaria no entanto de expor os factores positivos e negativos, que um projecto desta dimensão nos poderá trazer. (no meu ponto de vista, claro...)
    Factores positivos:
    - A dimensão da empresa, a modernidade inovadora e a sua credibilidade no mercado mundial.
    - A criação de 350 postos de trabalho fixos e de 1000 residentes.
    - O interesse municipal em ter uma unidade deste tipo no concelho.
    - O melhoramento de acessos rodoviários
    - A aquicultura obriga à prática de pesca selectiva, o que reduz o desperdício, nas unidades de produção, em todas as fases do processo produtivo.
    - A utilização de energia alternativa.
    Factores que poderão ser negativos:
    - A avaliação e o estudo geo-biológico do local onde o projecto irá ser implantado.
    - A desflorestação necessária para a implementação do projecto.
    - O impacto que poderá provocar na região, uma vez que se trata de uma zona turística.
    - A Fábrica de rações provoca fortes emissões de poluentes, provenientes da combustão da biomassa (matéria prima). Como sabes, o nosso país já ultrapassou as cotas de emissões, propostas pela U.E.
    - Os tipos de efluentes que produz. Não sei se a Simria, os deixará introduzir no seu sistema, sem pré-tratamento.
    - Os lixos industriais. (ainda bem que iniciou o processo de coiceneração, senão não tínhamos alternativas) Esta unidade produz mais, que as cerca de 1450 empresas do ramo existentes no país.
    No entanto para aliviar este cenário negro, em 2005 numa visita profissional, isto porque trabalho no mesmo ramo, à Frinova – Pontevedra (empresa do grupo Pescanova), fiquei impressionado com a modernidade desta empresa.
    Trata-se de uma empresa que ocupa 23 000 m2 Junto à costa da Galiza
    Esta Unidade de produção, para além de possuir as tecnologias das mais avançadas que conheço, em termos de equipamentos, tem fontes de energias próprias (energias alternativas), faz recuperação de águas, que circulam no sistema de vapor.
    As águas residuais são tratadas na própria fábrica e reutilizadas.
    Faz a própria gestão de resíduos.
    Tem laboratórios de análises bioquímicas e qualidade alimentar, equipados com tecnologias das mais avançadas que conheço.
    Para além disso, participa activamente na formação profissional e ambiental dos seus funcionários, colaborando em acções de informação e protecção do meio ambiente.
    Será uma empresa deste tipo a unidade que está a ser negociada?
    O que peço neste tipo de estudo é que sejam ponderados, que se analisem os prós e os contras, porque é necessário que predomine o bom senso.


    Garantidos todos os problemas ambientais que citei, que estou convencido que estão assegurados pelo promotor, penso que este mega-projecto poderá ser uma mais valia para o nosso concelho. No entanto a participação da A.I.P. neste processo, retira-me alguma esperança.
    Como dizes no teu texto, os tempos de negociação destes Investimentos são curtos e exigem disponibilidade, rapidez e antecipação. A competição é intensa a nível nacional e internacional. E há de facto oportunidades que apenas surgem uma vez.

    Nota: Conheço mal o Cabo Touriñam na Coruña, embora já estivesse no local. A saturação de pequenas empresas pesqueiras de mariscos na zona,de ser uma zona túristica forte, torna insustentável a instalação de uma unidade fabril com estas dimensões.
    Na minha modesta opinião, fez bem o responsável do município, em não deixar construir esta unidade naquele local.
    No entanto existem outras unidades de aquicultura na costa galega, uma das quais próxima de Finisterra. (como sabemos, zona protegida).

    Carlos Monteiro

     
  • At 14:43, Anonymous Anónimo said…

    Queria perguntar uma coisa. Desmantelam-se os esporões e como se protegem as entradas das barras dos portos de pesca, recreio e comerciais?

    Ao sr. Anonymous que apenas quer ver os vereadores do PSD à guerra com os do PS, mostra a sua total ignorância e caturra. Espero sinceramente que os deputados do PSD pura e simplesmente ignorem este comentário ignorante, e façam algo pelo concelho nem que para isso tenham que andar de mãos dadas com o executivo PS, não querendo dizer com isto que os Srs. Tenham que dizer sim a tudo, mas como o sr. João mostra no texto, apoiarem quando as coisas forem boas para Mira e não dizerem que não são boas só porque foram apresentadas por outras cores. Se este executivo é de baixo valor, é mais uma razão para os vereadores do PSD mostrarem que são mais capazes e manterem o barco num rumo mais ou menos certo, porque senão, serão mais três anos de atraso em Mira.

     
  • At 14:46, Anonymous Anónimo said…

    Segundo isto "El Gobierno portugués ha sido rápido. El pasado mes de mayo garantizó suelo para que Pescanova pudiera poner en marcha una planta acuícola y, en sólo tres meses, el proyecto ya tiene ubicación y todas las bendiciones del Ejecutivo luso para su materialización lo antes posible.
    " parece-me que as coisas ja estão mais definidas do que se conhece por Mira.

     
  • At 15:44, Anonymous Anónimo said…

    boas, poucas vezes intervenho, e quem ler os meus textos sabe quem sou... agora se o projecto é bom para mira, isto seja se de facto vai criar os postos de trabalho q dizem... eu nao acredito mas... q siga em frente, claro q nao é construir ai num sitio qualquer ta andar... agora como sabemos, em mira tudo é feito para contrariar as pessoas do outro partido, neste caso psd!!1 qd é q vamos ter pessoas de mira, sim pq todos os candidatos sao de mira a lutar por causas q so nos podem fazer evoluir e nao meter abaixo??? sera assim dificil aproveitar os projectos bons e entendam se q so os bons, pois todos os partidos tem projetos bons, e concluir esse mesmos? penso q nao, deixem se de guerras e vamos apoiar, mas so apoiar o q de bom pode vir para mira e deixar de perder tudo para cantanhede e arredores... aproveitem este projecto da pescanova e vamos todos dar as maos e fazer com q venha para mira. vamos obrigar os nosso governantes a tomar decisoes certas e q nos sirvam, eles q deixem as guerras entre eles.
    q migueis gregos e etc nao pessem q por la estarem q podem querem e mandam... q é o q tem feito, toma cada decisao esquecendo se de mira e de tudo o resto... chega, vamos unir-nos e resolver osproblemas de mira.
    ate ja

     
  • At 17:55, Anonymous Anónimo said…

    estamos lixados

    Ninguem em Mira se importa com o que a Pescanova nos vai fazer à nossa rica floresta.
    O governo ja devia calcular que eramos uma cambada de toinos sedosos de dinheiritos e que o nosso patrimonio ambiental fica sempre para segundo lugar.

    Somos mesmo Toinos e elgemos Toinos maiores ainda.Viva a Pescanova e o Espanhois. Diz-se que pagam a um euro o metro quadrado de terreno. É bom é bom.

    Politicos de Mira abram a pestana. Justifiquem o dinheiro que ganham.

     
  • At 19:28, Anonymous Anónimo said…

    Caros bloguistas:

    Antes do mais quero mais uma vez avisar que não se deve fazer confusão com o participante que assina OBSERV. e eu que assino sempre da mesma forma Observador. Somos duas pessoas distintas.

    Quanto à questão Pescanova, muito sinceramente penso estar aqui uma boa oportunidade para todos os intervenientes, principalmente os vereadores com e sem pelouro se destacarem pela positiva.

    Como???
    Sinceramente muito simples:

    Estudando exaustivamente esta questão, avaliarem os prós e contras, para que possam tomar uma decisão em consciência e para que a possam justificar.
    É uma óptima oportunidade para colocar os valores e interesses globais do concelho bem acima dos interesses politicos e pessoais. Afinal de contas o que é ser Politico.

    Srs POLITICOS destaquem-se dos politiqueiros.

    Bem haja a todos.

    Desejo-vos coragem para abraçar esta questão e sentido de justiça para decidir o que é correcto.

    Viva MIRA!
    Observador

     
  • At 10:46, Anonymous Anónimo said…

    Amigos, camaradas e companheiros

    Concordo sobretudo com o sr. anónimo das 17.55 h que me parece ter os pés bem assentes na terra.
    Prá frente Mira, avante críticos mirenses, a luta tem de ser de todos.

     
  • At 11:05, Anonymous Anónimo said…

    Falei com uma pessoa que conheçe uma das maiores unidades da PESCANOVA em Espanha e quando lhe disse qual era realmente o projecto proposto para Mira a resposta foi entre outras coisas: "Isso deita um cheiro, pior que as fábricas de pasta de papel."

     
  • At 14:32, Anonymous Anónimo said…

    Concordo em pleno com o teu texto, só tenho pena que agora como vereador, embora sem pelouro, coloques tantas questões para o projecto, tantas, que até parece impossível Mira, alguma vez ter capacidade de acolher tais indústrias, mas, não tem mal nenhum. Mira já tem tanta coisa que até estorva. Nos não estamos minimamente habituados a tamanha tourada, é só problemas, ele é o cheiro, os resíduos, a floresta, a área, isto e aquilo. È lógico que para termos desenvolvimento, alguma coisa tem de pesar, alguma coisa nos aflige, e vamos ter uma pequena factura, pelo menos na questão da floresta, mas se não nos sacrificarmos alguma coisa, nunca sairemos da cepa torta. Os ecologistas e amigos do ambiente têm a sua razão, não digo o contrário, mas que eles são chatos, lá isso são. Deixem Mira desenvolver,,,por Amor de Deus. Abraço a todos.

     
  • At 20:56, Anonymous Anónimo said…

    Gostava de fazer aqui um aparte neste texto para falar da Ala-Arriba. Na Voz de Mira pode ler-se "Resultado da última Assembleia Geral da Associação Desportiva Ala-Arriba realizada no passado dia 11 de Agosto, onde não foi encontrada nova direcção para a época 2006/2007, o Ala-Arriba não vai participar em nenhuma modalidade desportiva promovida pela associação de futebol de Coimbra nesta época.
    Foi o que se decidiu naquela reunião.
    " isto é falta de vontade política? A mim parece-me falta de sócios e amantes do clube. Apesar de ser da Praia tenho pena do que aconteceu e tenho medo que possa aconecer o mesmo com o Touring.

     
  • At 21:53, Anonymous Anónimo said…

    Eu bem digo.

    Está tudo cego

    Não é que nos valha de alguma coisa abrir os olhos mas pelo menos não nos hão-de comer por tolos.

    Sabem que quando a Pescanova fala em 300 postos de trabalho para os projectos deles, na realidade isso tem-se traduzido sempre em cerca de 30 ou 40?

    Mas que tipo de trabalho?

    Trabalho que empregue alguém do Concelho?

    É VERDADE SIM. É DO CONHECIMENTO GERAL QUE O MAU CHEIRO É INSUPORTÁVEl.

    TAMBÉM É VERDADE QUE OS ANTIBIOTÍCOS E OUTROS QUÍMICOS USADOS NOS VIVEIROS A MÉDIO PRAZO ÃCABAM POR IR PARA O MAR.
    sABEM O QUE ACONTECEU EM ZONAS PESQUEIRAS ONDE INSTALARAM AQUICULTURAS DESTE GÉNERO?
    ACABOU O PEIXE JUNTO À COSTA.

    É ISSO QUE QUEREMOS? AGORA ACREDITAMOS NOS PRIMEIROS ESPANHOIS QUE NOS APARECEM A ACENAR COM UNS ROBALITOS?

    SOMOS MESMO AMGINHOS.

    O MEU AVÔ SEMPRE DISSE QUE DE ESPANHA NÃO VEM NEM BOM VENTO NEM BOM CASAMENTO.

    TEM RAZÃO ANÓNIMO DAS 17 E 55.

    ABRAM OS OLHINHOS VA LÁ.

    FAÇAM UM ESFORÇO E INFORMEM-SE E NAO VENHAM PARA AQUI FALAR EM 300 POSTOS DE TRABALHO.

     
  • At 22:05, Anonymous Anónimo said…

    pRA O ANÓNIMO DAS 20 E 40 DO TEXTO DE BAIXO QUE SUGERE UMA BUSCA NO GOOGLE POR PESCANOVA+MIRA EU SUGIRO QUE VA MAIS LONGE.

    EXPERIMENTE PESCANOVA+AMBIENTE OU PESCANOVA+REDE NATURA.

    VÁ NÃO CHORE

    ISSO SÃO TUDO FACTOS.

    ESTÁ LÁ ESTAMPADA A TRIZTEZA DOS ESPANHOIS.


    A NOSSA FLORESTA É DEMASIADO IMPORTANTE PARA O DR. JOÃO REIGOTA E O SR. MINISTRO ANDAREM A BRINCAR AOS PEIXINHOS.

    EU SÓ PERGUNTO AOS SRS DEPUTADOS MUNICIPAIS:
    QUEREM FICAR COM ESSE PESO NA VOSSA CONSCIÊNCIA?
    SABEM QUE VÃO DESTRUIR A DUNA (COM O COMPROMISSO DE A VOLTAR A CONSTRUIR?).

    SABEM QUE SÃO 100 HA DE FLORESTA IRREMEDIAVELMENTE PERDIDA?

    A TODOS OS DEPUTADOS DA ASSEMBLEIA EU PEÇO QUE PONDEREM BEM.NÃO ESTÃO A APROVAR QUALQUER COISA.ALIÁS SE O EXECUTIVO CAMARÁRIO ESTIVESSE REALMENTE INTERESSADO EM OUVIR AS PESSOAS, PENSO QUE SE TRATA DE UM PROJECTO QUE MERECIA QUE A ASSEMBLEIA FOSSE FEITA À NOITE.PARA QUE TODOS PUDESSEMOS IR E PARTICIPAR.
    ISSO SIM ERA DE HOMEM.

     
  • At 00:31, Anonymous Anónimo said…

    Concordo consigo. A Assembleia deveria realizar-se à noite. Só assim teria uma forte participação doa mirenses interessados. Mas como este assunto é considerado quente, não interessa que apareça muita gente.
    Assim vai Mira: o concelho do país onde se brinca à política...

     
  • At 13:48, Anonymous Anónimo said…

    Também concordo

    Façam essa bendita Assembleia à noite. Era muito interessante e mostravam que realmente querem ouvir as pessoas. Na Casa do Povo por exemplo.Ou porque não no Centro Cultural aqui na Praia?pensem nisso.Ainda estão a tempo.

     
  • At 10:35, Blogger Carlos Monteiro said…

    Caros amigos bloguistas,
    Fico bastante satisfeito, que num ápice de tempo, apareçam tantos defensores do ambiente, e ainda bem que assim o é, acrescento eu.
    Todos nós e não apenas os outros devem lutar por uma causa que deve ser uma causa de todos. Hoje, muita gente parece estar a querer passar a mensagem, de que preservar o ambiente é pôr em causa o nosso próprio desenvolvimento, esta atitude demonstra bem a nossa falta de cultura ambiental.
    Em relação à matéria que nos é proposta, exige que sejamos mais ponderados, e que tenhamos alguma serenidade nos nossos comentários.
    Aconselharam-nos alguns amigos a visita a sites Galegos, confesso que o fiz, de facto fiquei elucidado, já que as contestações se referem sempre ao mesmo local, isto apesar de haver outras unidades deste tipo na costa Galega.
    Como já referi em post anterior, que devemos levar em consideração que o nosso planeta é composto por muitos ecossistemas e ambientes com características próprias, não podendo haver um padrão único de estudos.
    Na verdade as novas potencialidades tecnológicas disponíveis no domínio da comunicação, aumenta a possibilidade de "aparecerem mais coisas e de se conhecer mais". Mas existe também, e cada vez mais, o risco de confundirmos a nuvem por Juno e tomarmos o mero suporte material como se de opinião generalizada se tratasse. Vivemos hoje numa sociedade mediatizada em que o código cartesiano é muitas vezes substituído pelo código mediático: "apareço, logo existo”.
    Por isso digo-vos, apesar das minhas convicções estarem sempre acima de qualquer ideologia politica, não contem comigo para travar levianamente o desenvolvimento sustentável do concelho.

    Carlos Monteiro

     
  • At 11:45, Anonymous Anónimo said…

    Fazer análises de custo benefício é sempre complicado quando não existe informação suficiente. Mas não considerar oportunidades sem ter realizado essa análise também me parece pouco aconselhável. O pretenso Projecto PESCANOVA terá necessariamente implicações ambientais mas devemos evitar Alarmismos. Além das questões que aponto no texto e de outras que o Carlos Monteiro expressou, pode haver imensas alternativas e oportunidades em torno deste PROJECTO. Questões importantes que o Executivo deve negociar com o Governo e com a PESCVANOVA, por exemplo:

    1. Localizar as Unidades Fabris (Fábrica de Rações e Fábrica de embalagem do Peixe) em Zona Industrial preparada e infraestruturada para o efeito. Futura Zona Industrial do Montalvo pode ser interessante. E permite-se diluir eventuais efeitos negativos do Projecto, se este se revelar interessante para o concelho.

    2. Sugestão ao Governo e API (Agência Portuguesa para o Investimento) para em conjunto com a PESCANOVA promover a instalação de uma Unidade de Investigação para Investigação e Desenvolvimento no Sector. Parque de Negócios em torno da Incubadora pode vir a ser interessante e a relação com a Universidade de Aveiro parace óbvia...

    3. Sensibilizar a API para a definição de um PIN (Projecto de Interesse Nacional) para valorização do Sector do Turismo no Concelho (Dos 23 projectos de potencial interesse nacional no sector do turismo que estão a ser acompanhados pelo Governo, via Agência Portuguesa para o Investimento, 11 situam-se na região do Alentejo)

    Há portanto muito caminho a percorrer. Por isso nem optimismos nem alarmismos. Nesta fase julgo que há é que agarrar e vislumbrar as oportunidades. Nem tudo é, ou preto ou branco... pelo meio há um imenso mundo

     
  • At 17:31, Blogger peixemola said…

    Boas a todos.

    sobre o assunto da pesca nova falem todos mal e depois queixem-se como é costume da malta do nosso concelho será que 350 postos de trabalho não serão nada, sera melhor continuarmos limitados á agricultura e aos maçaricos por não haver mais nada,sera que o nosso concelho esta mesmo destindo a ser sempre ingnorado e tudo fugir para outros municipios como de costume a respeito da localisação é so andar con tudo um pouco mais para sul e estava tudo resolvido digo eu com os nervos.
    É quase certo que nunca virá para a Praia De Mira a Pescanova ja viram o que seria arramjar 350 postos de trabalho para o concelho para quê? o municipio é rico? e quem poderia fazer alguma coisa esta-se pouco lixando porque tem tacho certo, estarei certo ou errado.
    conclusão o Zé povinho esta sempre lixado não para viver mas para sobreviver

     
  • At 17:35, Anonymous Anónimo said…

    viva a todos

    assunto pesca nova

    agora vejam la se caiem na asneira de arranjar 350 postos de trabalho para o pessoal que não tem onde trabalhar caiam lá na asneira

     
  • At 17:14, Anonymous Anónimo said…

    sr peixemola as indústrias de mira não se resumem aos maçaricos, zona industrial sabe o que é?

     
  • At 15:42, Anonymous Anónimo said…

    Não entendo como o autor dete blog deixa que sobreponha um texto de um senhor aq uem interessa que o assunto não seja discutido e que na verdade gosta é de incendiar. è ve-lo no blog mirices com as garrinhas de fora e bem ao nível que sempre nos habituou.
    Incêndios Florestais? Que assunto fora de época. Ainda por cima quando este ano apenas tivemos alguns fogos de somenos importância.
    Eu sou contra avinda da Pescanova para cá e tenho as minhas razões. Cada um terá as suas. Não somos nós que vamos decidir mas penso que relamente interessava que fosse discutido o assunto. Pensem nisso.

     
  • At 21:03, Anonymous Anónimo said…

    se a pescanova e assim tão boa como dizem porque é que o dr.joão reigota ainda não se dignificou a informar a população cerca de tal projecto e porque manteve tudo no maior sigilo, irá qualquer pessoa trabalhar para a pescanova ou terão que vir tecnicos especializados nessa área como por ex:biologos, tecnicos de aquicultura tecnicos de manutenção, será realmente bom para mira quando perder a bandeira azul de que tanto se gabam por a manter 16 anos seguidos.

     
  • At 20:31, Anonymous Anónimo said…

    porque não informa o sr.joão reigota a população que a pescanova irá iniciar a produção no primeiro ano com 10 mil toneladas e no espaço de 10 anos tem que atingir as 100 mil toneladas ano, e como todos sabem a emissões da fabrica de rações alem de serem poluentes produzem um cheiro pior que as fabricas de papel,e se a fabrica só vai ocupar 89 ha, para quem são os outros 117 ha, serão para o tal aldeamento que o sr. joão reigota já tem projectado desde o segundo mandato.

     
  • At 22:18, Anonymous Anónimo said…

    A realidade e que o rodovalho já se desenvolve e a pescanova em Mira será brevemente será inaugurada...

    Aguardamos os impactes negativos na água, no ar e no solo que, concerteza, já se fazem sentir.

     

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