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terça-feira, outubro 17, 2006

TURISMO. Ideias muito Gerais...


Texto de
João Rua


1- Um Destino Turístico afirma-se em torno de um Produto e de uma Imagem. Produto e Imagem consolidados permitem que o Marketing divulgue e informe, atraindo e convidando.

2- O Sítio é indispensável. O Sítio e os seus Recursos, naturalmente. Representa um importante capital ecológico que pode e deve ser valorizado e articulado com as formas de vida tradicionais

3- A Identidade que vêm da História e das Memórias representa também um importante capital cultural que muitas vezes convida à descoberta.

4- Tudo isto funciona numa lógica de Destino Turístico se encontrar suporte numa Estrutura Organizacional que revele capacidades para estabelecer e implementar uma Política baseada no Conceito de Rede... porque no sector do turismo mesmo as pequenas apostas podem assumir grandes importâncias...

5- Compete aos Poderes Públicos criar espaços e oportunidades. Motivar e dinamizar. E dar coerência e sentido a todas as apostas, articulando-as. É também isso, criar produto e Imagem. Compete aos potenciais Investidores realizar com qualidade.

6- Existe pois aqui, um campo imenso para a discussão e estabelecimentos de Compromissos. Se as Estruturas Organizacionais actuais não funcionam ou não produziram resultados aceitáveis, temos de inventar outras.

7- Mira não é um Destino Turístico qualificado. E não tem nem um Produto nem uma Imagem que se afirme e se “venda” facilmente... Não tem, porque nunca se tentou construir. Existem intervenções soltas, desgarradas que por si só não têm mais importância que a que elas próprias assumem (o que nalguns casos é já imenso)... E isso é pouco... Para o Concelho evidentemente...

8- Mas Mira é um Sítio fabuloso. Do ponto de vista dos Recursos como também da sua Identidade. Aqui temos de facto um imenso campo para explorar.

9- E é por aí que se deve começar. A olhar para o que temos, para as oportunidades presentes e começar a desenhar Redes, ligando Acontecimentos, Actividades, Equipamentos, Locais de Alojamento... e aos pouco ir envolvendo poderes públicos e Investidores Privados na procura de Estruturas Organizacionais diferentes mas mais eficazes, que permitam discutir ideias mas também alcançar e estabelecer compromissos...

10- É tempo de elevarmos os níveis de exigência. Já não chega sermos bons. Temos de ser Excelentes. Só assim poderemos inverter esse estigma quase sempre latente do Turismo de Garrafão e da Capital do Frango Assado...


Nota:
Como se faz ?
Assumindo uma liderança (forçosamente política municipal), neste processo e nos meios de decisão, definir Projectos e desenvolvê-los, encontrar Parceiros e estabelecer compromissos, discutir e envolver Entidades da Administração Central... e andar sempre com um olho no QREN 2007-2013... Parece simples não é ?

15 Comments:

  • At 17:13, Anonymous Anónimo said…

    Antes de mais quero pedir desculpa de não escrever um comentário sobre o tema em debate. Escrevo apenas porque estes blogs são, felizmente, um sítio onde a dicussão saudável e a troca de ideias se pode desenvolver.
    Tenho um problema para resolver como tantos mirenses hão-de ter, que é o de querer ir aos serviços da câmara e não conseguir por dificuldade de horário. Trabalho numa empresa privada e patrão não me dá o tempo suficiente - o que é justo! - para eu conseguir resolver todos os assuntos que tenho na câmara até às 4 h da tarde. O que proponho é que a Câmara feche por exemplo às 6h ou 6.30 h, como a Biblioteca, e assim já podemos resolver os assuntos sem mexer nos horários do patrão. É mais do que justo.

     
  • At 17:44, Blogger Carlos Monteiro said…

    Amigo João, acredito que cada um de nós actuando, mesmo que em iniciativas pontuais, está a contribuir de maneira significativa para um novo desenho de concelho que procuramos. Portanto aqui está a minha opinião!

    Estamos a assistir ao início de um processo de crescimento económico claramente marcado pelo turismo, tendo-se mesmo assistido a partir da década de 90 a uma verdadeira explosão turística, em especial no litoral, que conduziu a um grande crescimento imobiliário nas áreas costeiras. A especulação económica, em termos de turismo, daí resultante, aliada à necessidade de gerar divisas, reforçou a contínua concentração de equipamentos para uso turístico e levou a uma grande sobrecarga na utilização dos nossos recursos naturais.

    Actualmente, esse modelo de crescimento turístico foi ultrapassado por uma visão de sustentabilidade que, com todos os seus efeitos multiplicadores, apela à qualidade e simultaneamente reforça a competitividade do destino turístico. Hoje as zonas turísticas não se cingem só a praias, também e cada vez mais, existe uma maior procura do turismo da natureza.

    Nessa perspectiva, a Câmara Municipal de Mira, deveria proceder, a um plano de turismo sustentável, com uma avaliação e actualização das realidades e dinâmicas ambientais do nosso concelho, que tem condições únicas para todos os tipos de turismo.
    Para isso, é necessário que sejam introduzidas novas medidas e acções com vista ao desenvolvimento de um turismo sustentável e ao incremento de novos padrões de qualidade que possam, a médio prazo, dinamizar uma nova filosofia de actividade turística

    Os executivos camarários, tem de entender que na nossa região existem recursos naturais e património cultural que podem ser objecto de visitas turísticas, portanto deverão ser responsáveis pela elaboração de uma política de desenvolvimento de turismo natural ou ecoturismo, que abranja todo o nosso concelho.

    É imprescindível manter a qualidade ambiental para todos os tipos de turismo, já que os efeitos negativos no meio ambiente comprometerão qualquer actividade turística no futuro. O planeamento turístico deverá ter como finalidade ordenar as acções do homem sobre o território, direccionando a construção de equipamentos de forma equilibrada e adequada, evitando dessa forma, os efeitos negativos para os nossos recursos naturais.

    Aqui fica a minha proposta para os nossos responsáveis municipais.
    Não custa nada... basta ter uma maior sensibilidade e pensar um pouco mais em soluções que sustentem o nosso desenvolvimento turístico e que preservem o meio ambiente, pois o nosso concelho tem um poderio ambiental, que ainda hoje desconhecemos todos os seus encantos.


    Carlos Monteiro

     
  • At 10:29, Anonymous Anónimo said…

    Concordo plenamente consigo quando afirma que, um Destino Turístico afirma-se em torno de um Produto e de uma Imagem, tomo contudo a liberdade de completar afirmando que nos dias de hoje, sem uma Imagem de marca bem definida não há produto turístico que resulte, e disso encontramos vários exemplos, basta observar ao países lideres no turismo mundial (Espanha, França, Itália) e a imagem que automaticamente deles nos surge no nosso subconsciente.
    No caso nacional podemos também observar o fenómeno turístico na região sul do pais, onde progressivamente se tem conseguido implementar no trade uma forte imagem de marca, tudo isto graças não só as condicionantes naturais da zona sul do pais, mas e sobretudo graças um forte dinamismo quer da Região de Turismo do Algarve, quer da a Associação de Turismo do Algarve, o Algarve já (e/ou ainda) marca.
    Quanto ao nosso jardim à beira mar plantado, o caso surge bem mais complicado. Pois para além de inserido na região de turismo do centro, que propriamente não terá os mesmos recursos que a sua congénere Algarvia (o que compromete desde logo a promoção em mercadores fundamentais, tais como o Britânico, e o Holandês), alia se a este facto uma forte sazonalidade e uma quase exclusiva dependência do turismo de sol e praia, e para completar o quadro uma praticamente inexistente coordenação entre os diversos intervenientes no sector a nível local. Se tudo isto ainda juntar mos fraca preparação, e quase nenhuma formação ao nível dos recursos humanos, o panorama será tudo menos favorável a que nos próximos anos se atinja essa Meca de um turismo de qualidade para Mira.
    Não pretendo com isto dizer que tudo está mal, simplesmente para encontrar “suporte numa Estrutura Organizacional que revele capacidades para estabelecer e implementar uma Política baseada no Conceito de Rede”, é preciso que haja sobretudo vontade de funcionar enquanto rede. Rede esta, que nada mais é do que um aglomerado de pequenos buracos, que quando vistos um a um pouca importância (força) tem, mas que no seu todo atingem excelentes resultados. Só que parece me que ainda não existe essa vontade de actuação em rede, existindo sim outras vontades, algumas autenticas manifestações histriónicas…mas disso poderemos falar noutra ocasião.
    Esse esforço de consolidação do sector enquanto grupo, certamente como afirma, poderá estar a cargo dos poderes públicos, tal como poderá estar a cargo dos particulares o esforço de organização, enquanto interessados num sector económico com interesses em comum.
    Mas não nos vamos esquecer também que esse, por si chamado, ”Turismo de Garrafão” e a Praia de Mira como a “Capital do Frango Assado” deu aos habitantes da Praia de Mira outras condições económicas que não tinham num passado bem recente, transformando de forma significativa o sector social da localidade. Também é preciso variedade, veja se o caso do frango da Guia no Algarve. E certamente se continuassem a verificar se as receitas esperadas, nenhum comerciante local mudaria a sua forma de estar em detrimento de um qualquer proposto Turismo de qualidade. Para quê mudar de estratégia se em dois meses ganho para o ano inteiro?
    Mira, apesar de, e sobretudo para nós mirenses, ser um sitio fabuloso, não é, com imensa pena minha, e como você afirma “um Destino Turístico qualificado”, mas se acreditar mos poderá ser…

     
  • At 15:04, Anonymous Anónimo said…

    Caros Carlos, Luis Pinho e Amigo da Barrinha. Atrevo-me a deixar mais umas pistas após ter lido atentamente os vossos comentários:

    1- Nem tudo está mal... Mas é tempo de sabermos o que queremos... E eu desejo diferente porque acho que temos potencialidades únicas...

    2- Como afirma o Amigo da Barrinha o problema de Imagem é um dos principais... Imagem do edificado mas também dos espaços ditos públicos... Sinceramente quando percorro as margens da barrinha (Entre o Clube Náutico e Canas, por exemplo) e imagino um pouco do que poderia ser tal espaço... chateia-me ver o que vejo... porque dá pena...

    3- A Praia de Mira nem é um dos locais muito pressionado do ponto de vista urbano mas também é verdade que o que existe não revela qualidade nem sequer revela que alguma tenha sido pensado numa lógica mais vasta...de desenvolver o sector do Turismo... Tudo parece solto e preso a lógicas de cada propriedade (proprietário)

    4- A aposta no Turismo como em Tudo, terá de ser ser Sustentável... Logo o Turismo que se projectar para o Concelho deverá sê-lo por opção... Mas sustentável implica pensar numa lógica ambiental,social e evidentemente, económica. Senão corremos o risco de não haver ninguém que sustente a sustenbilidade...

    5- E há já coisas pensadas... Evidentemente não são fáceis de concretizar e exigem enormes esforços de discussão, negociação e de acção. O programa ECOMIRA era, é de facto, uma ideia excelente !... apenas espera que alguém lhe pegue o lhe dê seguimento... Mas é preciso acreditar e envolver parceiros... A Mirela seria um símbolo perfeito... Integrador e ao mesmo tempo diferenciador dos outros Sítios...

    6- O cuidado com o a Imagem do que se licencia e a programação do tratamento do espaço público deve ser preocupação constante...Hoje mais qdo que nunca...

    7- Negociar com a Administração Central a jurisdição das margens da barrinha é imperioso. E não poderemos ter tanto campismo e tanto tão bom espaço mal tratado...

    8- E depois ainda há tudo o resto... Pista Ciclável tem de fechar em rede... e tem de ter acontecimentos ao longo do seu percurso... O ECOMUSEU, o Campo de Tiro, o Golfe, o Clube Náutico, O antigo FAOJ, a Zona B... são oportunidades que devem ser rentabilizadas... e estudadas em conjunto com a dinâmica empresarial...

    9- A requalificação do Parque de Campismo pode ser um começo... Mas leva a exigir mais qualificação ainda... É um espaço nobre...

    10- A ideia geral pode resumir-se a pensar uma Estratégia Global e a encontrar os Parceiros Adequados... É quase voltar ao início mas tem de se pensar antes de agir...

    Um pouco mais do que eu penso está no texto de Abril deste blog:
    http://mirapolis.blogspot.com/2006_04_01_mirapolis_archive.html)

     
  • At 15:08, Anonymous Anónimo said…

    Confesso que gostei do texto que nos é proposto pelo senhor João Rua, gostei da proposta interessante do senhor Carlos Monteiro, gostei do realismo do comentário do senhor João Pinho, mas gostei muito mais da realidade que nos foi exposta aqui pelo “amigo da barrinha”, porque é esta a realidade que devemos combater todos juntos, para que o nosso concelho desenvolva e se deixe de cometer atentados aos bens naturais que possuímos.

    Combater o turismo do frango assado, do saco de tremoço na mão e casca no chão é preciso e necessário, mas para isso também é necessário primeiro arrumarmos e limparmos a nossa casa, e preservar todos os bens que a natureza nos ofereceu.

    “Amigo da barrinha” quem quer que seja, estou solidário consigo, sei que está desiludido com a política e com os políticos, as situações que refere no seu post dizem respeito a todos os cidadãos conscientes deste concelho. Portanto só nos resta contestar... e contestar... até à exaustão! Qualquer movimento de cidadania que seja feito neste sentido, eu estarei sempre na primeira fila (ou na última conforme pretenderem), poderão contar sempre comigo.

    Um abraço

     
  • At 15:47, Anonymous Anónimo said…

    SO FICO CONFUSO COM UMA SITUAÇAO
    PORQUE E QUE SABENDO O SRRUA TANTO DISTO E DAQUILO E ESTANDO NA CAMARA DO MADURO COMO ESTEVE NAO IMPLEMENTOU ISSO TUDO
    NAO O DEIXARAM?
    NAO CONSEGUIU?
    FALAR QUANDO SE ESTA FORA E BEM MAIS FACIL

    O COMPADRIO E A AMIZADE REINAM EM MIRA, E O SENHOR BEM SABE...
    NAO PRECISO DE LAVAR AQUI A SUA ROUPA SUJA NEM A DE OUTROS A VERDADE E SO UMA MEUS SENHORES E SO NAO A VE QUEM E CEGO E QUEM POR CEGO SE FAZ PASSAR

     
  • At 16:27, Anonymous Anónimo said…

    Em resposta ao anónimo das 17.13 h acho que está a ponderar bem a questão: a camara deve servir-nos até mais tarde.

     
  • At 14:34, Anonymous Anónimo said…

    Caro sr Joao Rua
    Ao afirmar que "O programa ECOMIRA era, é de facto, uma ideia excelente !" primeiro refere se a um passado "era" , depois "é". Porquê essa ligeira diferença entre tempos verbais? Será algum reflexo do poder politico local como ja alguem comentou?
    Entendo perfeitamente, e concordando consigo em bastantes aspectos da sua exposição, mantenho me contudo, numa posição de relativo distanciamento acerca de pequenos pormenores que nao adianta agora comentar. e apesar de todo este desenvolvimento por si proposto, e por mim tambem partilhado, como já anteriormente frisei, tudo isto tem bastantes custos, como o sr bem sabe, e como bem o sabia um vereador do anterior executivo, que sempre tentou ir com o projecto ECOMIRA avante... Custos estes que nao poderão ser só para o municipio, mas tambem e sobretudo para particulares. O que me intriga, é saber até que ponto a comunidade local do concelho estará preparada para estas "revoluções" (e digo revoluções com consciencia, e creio que o sr tb, de que uma actuação como esta será uma verdadeira revolução).
    Apresentar todo este rol de pontos e alíneas, para além de um excelente exercicio académico, e (e foi...) concerteza um excelente ponto de partida para algo... confeso que nao sei qual o caminho que pertende seguir, eu consigo ver a Meta... mas falta me o percurso.

    cumprimentos
    João Luís Pinho

     
  • At 19:08, Anonymous Anónimo said…

    Continuo a relembrar que o projecto de requalificação do parque de Campismo é todinho do tempo do Executivo Maduro.Mais precisamente do tempo do Maltez.

     
  • At 23:33, Anonymous Anónimo said…

    Caros amigos autores dos últimos textos, em debate, neste blog:

    RECONHECENDO TODO O VALOR DOS VOSSOS TEXTOS,SEUS ESCLARECIMENTOS E ENSINAMENTOS PERDOEM-ME QUE EU FUJA UM POUCO AOS TEMAS MAS É O MEU SENTIMENTO DE REVOLTA QUE ME LEVA A ISSO.

    QUE SENTIMENTO?

    NEM MAIS NEM MENOS QUE A ANUNCIADA PORTAGEM NA NOSSA A17, NO QUE JÁ EXISTE E O FUTURO.

    MAS ESTE MEU SENTIMENTO DE REVOLTA NÃO RESIDE SÓ NO COMPORTAMENTO E FALTA DE PALAVRA DO ACTUAL GOVERNO FACE AOS SEUS COMPROMISSOS ELEITORAIS, DESSE ESTAMOS JÁ TODOS HABITUADOS E FARTOS MAS, TAMBÉM DO SILÊNCIO ENSURDECEDOR, DA FALTA DO ASSUMIR DA DEFESA DOS MIRENSES POR PARTE DE QUEM RECEBEU UM MANDATO DEMOCRÁTICO DE OS REPRESENTAR E A QUEM COMPETE A TODOS DEFENDER E LUTAR PELO SEU BEM COMUM.

    SEM PRECONCEITOS PARTIDÁRIOS COMO FORAM OPORTUNAS AS DECLARAÇÕES DOS PRESIDENTES, SOCIALISTAS, DAS CÂMARAS DE ESPINHO E VILA DO CONDE NA DEFESA DOS SEUS MUNÍCIPES E CIDADES E SEM "PAPAS NA LÍNGUA" DAREM A CARA CONTRA AS INTENÇÕES CLARAS DE NO DIA A DIA SOBRECARREGAR COM TAXAS TUDO E TODOS.

    SER ELEITO LOCAL É TER O DEVER DE PRESERVAR OS SEUS ELEITORES E NÃO ELEITORES DAS MALFEITORIAS QUE LHE SÃO IMPOSTAS.

    MIRA MERECE MAIS E MELHOR.

    JOSÉ FRADE

     
  • At 14:16, Anonymous Anónimo said…

    T E K T O


    Cada vez mais teorias...
    Muitas ideias...
    Muitos conceitos...
    Muitas ambições...
    Muitos interesses...

    Mas cada vez menos medidas e acções.

    Somos todos culpados, pois segundo o regime democrático o povo é que mandou, manda e mandará...ou não!

     
  • At 17:25, Blogger Carlos Monteiro said…

    Amigo José Frade,
    Também eu estou indignado com esta medida despropositada do Governo. No entanto devo-lhe dizer que o Presidente da Câmara, já se prenunciou desfavoravelmente a esta situação.
    O argumento do utilizador-pagador deve sobrepor-se a considerações egoístas em nome da justiça social. Não é justo que quem não utiliza um serviço público esteja a subsidiar aqueles que o utilizam.
    Concordo perfeitamente com isso, mas por favor expliquem-me: Porque é que eu, que tenho um vaso com uma planta raquítica em cima do televisor, hei-de subsidiar a herdade a um latifundiário que não conheço e nem sequer tem a gentileza de me agradecer? Ou será que o princípio não é o mesmo?
    No litoral já pagamos mais IMI? Imposto Municipal sobre Imóveis, devido ao coeficiente de localização, aplicado no cálculo do IMI e que tem em conta para efeito de melhoramentos das acessibilidades. Continuamos a pagar a factura de termos nascido no litoral. E as expropriações, para que fossem feitas as scuts, quantas habitações, ao invés da luz sol, podem observar uma horrível barreira acústica.

    Vamos ter de suportar os custos da manutenção das estradas municipais e da EN 109, por onde os pesados irão circular para evitarem as portagens. Para além disso, irão muito rapidamente causar perturbações nestas redes viárias, para além daquelas que já têm.
    De facto, para colocar portagens nestas vias estruturantes que são as SCUTS, é preciso construir alternativas para corresponder ao tráfego que acaba por ser desmotivado de utilizar essas vias.

    Palavras do Ministro, “mais de metade dos concelhos estarão isentos do pagamento de portagens até que os seus níveis de desenvolvimento o justifiquem”.
    O senhor Ministro não sabe qual é a solução ao dizer que vai discriminar positivamente os habitantes de uma certa zona, pois isso não passa de uma falácia para tentar diminuir ou aniquilar qualquer reacção das pessoas.
    Este é, claramente, um novo imposto lançado sobre a forma de portagens, no que respeita às populações. Já agora pergunto ao senhor Ministro o que aconteceu aos impostos que foram canalizados para uma rede viária para servir os portugueses.

    Aconselho o senhor ministro a circular na EN 109, para ver o tipo de desenvolvimento nas acessibilidades, na sua avaliação que fez do PIB e que justificou a sua decisão de pagamento de portagens. Com certeza que não estará a ver a mesma realidade que eu!
    È que se este concelho desenvolveu assim tanto, eu não notei nada.

    A verdade é esta...apesar de uma das muitas promessas eleitorais ter sido precisamente o não pagamento das SCUTS, vamos ter de pagar portagens. A continuarmos assim, com este ritmo, qualquer dia não será permitido aos pobres viverem no local onde nasceram.

    Carlos Monteiro

     
  • At 19:33, Anonymous Anónimo said…

    Como bem comenta José Frade, que papel é o de um presidente de Câmara, se não o de defender os interesses dos seus municípes ?
    É lamentável o que o mesmo diz hoje no Beiras "diz-se preocupado" ? Quando não se junta a quem realmemte se está a preocupar com a introdução das portagens pagas na A17 ? - "agora não vale a pena a solidariedade de alguns vizinhos" - Fazem-lhe cócegas os vizinhos é que o "homem" está rodeado de Presidentes de Camâra que realmente estão a fazer alguma coisa pelos seus concelhos (Vagos, Ilhavo, Cantanhede. Aveiro) O de Santa Comba também dizia "orgulhosamente sós"´- É esta a maneira de pensar do nosso presidente... em relação ao anúncio do governo de nos castigar com mais uma taxa. E continua "Se tivesse que tomar alguma medida seria por causa do estado da 109 e não pela introdução de portagens" - De facto vivemos num concelho rico.. Se calhar o senhor presidente nem sequer faz ideia de que Mira é um dos treze concelhos, servidos pela A17 e A29, em que o poder de compra está abaixo dos limites para a introdução de portagens pagas. Somos um concelho que está aí "cheio" de empregos em que os nossos conterrâneos não se tenham que deslocar para trabalhar, a sua grande maioria em Aveiro e Porto. O amigo Reigota já imaginou ou já sequer fez contas quanto vai custar uma portagem diária de ida e volta a quem diariamente é obrigado a deslocar-se por esta via ? - Talvez não. É que o amigo infelizmente não paga portagens, somos todos nós que lhas pagamos, segundo consta, quer em serviço ou fora dele, seja de noite ou de dia, sozinho ou acompanhado... Toda a gente "rosa" se avispinhou quando Santana Lopes era de opinião que esta Auto-Estrada devia ser portajada, mas "apenas para os passantes", porque os residentes iriam estar isentos em determinada distância da sua residência... este sim seria um critério justo, que infelizmente o (des)governo socialista não quiz aproveitar

     
  • At 00:05, Anonymous Anónimo said…

    Olhe senhor anónimo,das 19.33

    Eu estou contra as portagens na A17.
    Mas quando o senhor fala que os “rosas” se avispinharam quando o Dr. Sntana Lopes quis introduzir portagens, os autarcas laranjas estiveram calados. Ninguém os ouviu falar nem sequer da EN 109.
    Aliás o senhor ou lê pouco ou anda distraído! Porque o seu partido apoia esta medida.
    Porque será?
    O senhor provavelmente nem escreveu nem falou nessa altura.
    Nem todos têm a coragem e a honestidade do Eng. Carlos Monteiro, conforme pode verificar no seu post e na entrevista que deu a uma rádio em Aveiro.

    Cartão de cidadão para utilizar auto-estrada, que proposta tão disparatada!
    Não é justo que quem não utiliza um serviço público esteja a subsidiar aqueles que o utilizam. (palavras do seu líder).
    Como diz o Eng. Carlos Monteiro e com razão, para se colocar portagens nestas vias estruturantes que são as SCUTS, é preciso construir alternativas para corresponder ao tráfego que acaba por ser desmotivado de utilizar essas vias.

     
  • At 10:57, Anonymous Anónimo said…

    Peço aos leitores do blog para lerem um artigo que espero não venha a ser censurado e que dá resposta ao comentário do anónimo das 9.09 h do post Requalificação ambiental da Barrinha. Obrigado.

     

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