A praga dos Jacintos...
Texto de
Carlos Monteiro
Desculpem mais uma vez a minha insistência, mas não posso ser passivo a esta lamentável realidade, que é a morte anunciada dos nossos recursos hidricos. Não bastava já os problemas de poluição existente, para completar este quadro negro, só nos faltava agora esta praga de jacintos-de-água. As actividades turísticas e actividades náuticas, correm o risco de desaparecer, devido à praga existente.
Tecnicamente já sabemos que os jacintos-de-água, devido à sua capacidade de reprodução assexuada, são portadoras de uma certa agressividade, e colocam em perigo o equilíbrio do ecossistema onde estão inseridos, uma vez que formam um vasto tapete que interfere na penetração da luz, provocando um abaixamento dos níveis de oxigénio, o que pode levar à morte de muitas espécies. O jacinto-de-água dificulta o movimento de barcos; bloqueia os cursos de água; a decomposição de elevado número de plantas e a formação de águas estagnadas, conjugadas com elevadas temperaturas, são condições propícias ao aparecimento de insectos, alguns deles geradores de doenças, tais como a encefalite; aumenta também a perda de água por evapotranspiração e a sua biodiversidade.
A quem compete o controle da praga dos Jacintos, se é que é possível?!...quem deverá registar e comunicar esta “ameaça verde” a quem de direito?!...qual será a entidade responsável tecnicamente pela intervenção que a situação exige, para repor o equilíbrio ecológico local.
Há pouco tempo através de uma associação da Praia de Mira, houve uma tentativa de remover estas plantas, compreensivelmente e por não possuírem meios, deixaram as plantas nas margens da Barrinha à espera de recolha. As plantas recolhidas entraram em decomposição, libertaram nutrientes e estimularam novamente o crescimento do mesmo tipo de plantas. Por isso todo o trabalho voluntário realizado por essa associação revelou-se infrutífero.
Há pouco tempo através de uma associação da Praia de Mira, houve uma tentativa de remover estas plantas, compreensivelmente e por não possuírem meios, deixaram as plantas nas margens da Barrinha à espera de recolha. As plantas recolhidas entraram em decomposição, libertaram nutrientes e estimularam novamente o crescimento do mesmo tipo de plantas. Por isso todo o trabalho voluntário realizado por essa associação revelou-se infrutífero.
A solução é manter os nutrientes fora das águas navegáveis, longe das suas margens. Á medida que os fertilizantes se tornam cada vez mais caros, haverá um uso mais eficiente e menos residual dos “indesejados” jacintos, depois de sofrerem um processo de compostagem, servem como fertilizante para a agricultura ou de áreas florestais.
Na Pateira de Fermentelos, a autarquia adquiriu uma ceifeira-aquática que está a limpar aquela laguna da praga de "jacintos-de-água", com uma capacidade de carga entre 12 e 13 m3 e respectivo equipamento de apoio (atrelado com guincho para carga e descarga da ceifeira e tapete rolante para descarga do material vegetal. Os jacintos que são removidos são posteriormente utilizados na floresta, como fertilizante natural.
Investigadores da Universidade de Aveiro não deixaram de considerar o método bom, mas muito moroso. De facto “não há métodos ideais” para acabar com a praga dos jacinto-de-água, existindo, contudo, “várias formas de os minimizar e controlar”.
Dai a necessidade urgente de retirarmos os jacintos-de-água do nosso sistema hídrico. A qualidade ambiental do nosso sistema hídrico é um factor essencial, para o desenvolvimento turístico e para uma boa qualidade de vida das populações.
Na Pateira de Fermentelos, a autarquia adquiriu uma ceifeira-aquática que está a limpar aquela laguna da praga de "jacintos-de-água", com uma capacidade de carga entre 12 e 13 m3 e respectivo equipamento de apoio (atrelado com guincho para carga e descarga da ceifeira e tapete rolante para descarga do material vegetal. Os jacintos que são removidos são posteriormente utilizados na floresta, como fertilizante natural.
Investigadores da Universidade de Aveiro não deixaram de considerar o método bom, mas muito moroso. De facto “não há métodos ideais” para acabar com a praga dos jacinto-de-água, existindo, contudo, “várias formas de os minimizar e controlar”.
Dai a necessidade urgente de retirarmos os jacintos-de-água do nosso sistema hídrico. A qualidade ambiental do nosso sistema hídrico é um factor essencial, para o desenvolvimento turístico e para uma boa qualidade de vida das populações.
11 Comments:
At 10:46, Anónimo said…
Para além do desenvolvimento de uma superpopulação de micro-organismos decompositores, temos também a praga dos jacintos.
Isto tudo está a acontecer perante a passividade das entidades gestoras e também dos vários executivos municipais.
Um problema profundamente preocupante. Parece-me que a solução prevista: é deixar morrer tudo.
Depois digam-nos, como vem sendo hábito, que querem um “concelho atractivo e virado para o futuro”.
At 19:35, Anónimo said…
é urgente actuar.....eu como muitos cidadãos anonimos podemos ajudar, na praia de mira as valas veêm-se completamente tapadas pelos jacintos, tornando a vida para todos os seres vivos peixes, plantas autoctenes e aves como garças, patos, guarda-rios..etc muito dificil!!!
eu e muita gente pode ajudar como voluntario...
licinio_carvalho@hotmail.com
At 23:10, Anónimo said…
Um execelente tema para reflexão... e uma dificuldade evidente para a sua resolução... O abandono progressivo das práticas agrícolas tradicionais e o perda de importância dos recursos florestais levaram ao total abandono do sistema hídrico enquanto "sistema". As valas, as linhas de águas, as "mães de água", os moinhos, e mais uma série de valores do passado, deixaram de ter importância enquanto recursos. Os esgotos, as descargas, o assoreamento e o desleixo assumiram esse lugar... POr isso hoje temos repetidamente e em várias zonas problemas idênticos sem solução à vista. É necessario encontrar soluções globais que estudos e mantenham em funcionamento equilibrado todo o sistema hídrico. Mas tal não é fácil e exige à luz do contexto actual uma forte intervenção pública... Mas a questão é se haverá sensibilidade para isso e mais imprtante, sehaverá meios financeiros para isso... Mas que dá que pensar dá... ou não estivesse a nossa Barrinhà e a nossa Lagoa num processo de degradação progressiva...
At 17:06, Anónimo said…
já pagaram aos homens que andaram a fazer a recolha dos jacintos?
At 22:50, Anónimo said…
Caro Amigo Carlos Monteiro:
Os meus agradecimentos por mais um texto informativo e ao mesmo tempo apelativo para a atenção de todos nós para a tal "praga que tudo ameaça".
Não podemos ficar indiferentes...e sobretudo reclamar que haja o mínimo de meios adequados disponíveis para melhor combater este flagelo.
A satisfação positiva dos munícipes deve ser medida/aferida por factores internos e externos relacionados com todas as actividades e desenvolvimento conseguido ou.. até admito em perspectiva.
E a esse respeito....a minha indignação!
Não é minimamente sério....nem pode servir de exemplo...proceder à publicação de um relatório sobre a satisfação dos utentes do apoio social como altamente positivo quando se fizeram, como amostra, 29 inquéritos...repito apenas 29...e feitos entre 2 de Julho e 31 de Agosto de 2007....bela época...como sendo suficientemente representativos da população de um concelho( vide site da Cãmara Municipal de Mira).....
Como....certamente, talvez estejas de acordo...exige-se mais rigor não estando para mim em causa qualquer intencionalidade de atingir pessoas mas sim actos essencialmente políticos..
Esses sim temos o direito democrático....por enquanto... de comentar,opinar e censurar...
O texto que nos apresentas e os seus efeitos não será, certamente, objecto de inquérito reservado ou alargado,...pois se fosse.....
Esperemos... dias melhores!
Um abraço
José Frade
At 10:01, Anónimo said…
Esses inquériotos são preenchidos na presença dos "técnicos".imagine-se k tal nao seja mesmo nada intimidatório.Imgagin-se a responder a um inquerito sobre o trabalho de uma pessoa que eatá ao pé de si a ver como responde.
É o que temos. Mas os inqueritos valem pouco. está vista de todos
At 14:48, Anónimo said…
Cumprimentos a todos, e em particular ao Carlos, por continuar a sua luta por um ambiente melhor.
Quanto à questão aqui apresentada, Os jacintos, creio estarem as nossas autoridades alertadas qb. E tambem espero que sabem qual a melhor epoca do ano pra fazer essa remoção.
Quanto a soluçoes mais duradouras, porque a simples remoção nada mais é que um prolongar no tempo uma situação, em alguns paises ja se utilizam Pragas biologicamente controladas para fazer face a estes flagelos. (vg. Africa do sul, Quénia etc)
Utiliza se assim um predador dessa planta, que visto ser uma invasora nao tem qq inimigo em territorio europeu, de forma a que este destrua essa mm especie. Utiliza se um genero de gorgulhos que furam os depositos flutuadores dos jacintos, e assim os obrigam a morrer...
At 17:07, Anónimo said…
Por lapso não seguiu a minha identificação no ultimo post das 14.48.
Cumprimentos
João Luís Pinho
At 10:03, Anónimo said…
Gostaria de mudar de assunto por alguns instantes. Na festa de Natal das escolas sabem o que deram ás crianças? Um pai Natal de chocolate, nem lanche nem uma lembrança, nada, ne sequer um pai Natal apareceu! Dantes não era assim....
At 09:41, Anónimo said…
Ora ai está o importante...
"Dantes não era assim..."
Ja começa
At 04:23, Anónimo said…
O que os "Jacintos" precisam é que deixem mais nas margens para os alimentar.
Assim já nem as Águas precisam de preocupação... limpas!
E "Dantes não era assim..." só em folha de couve.
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