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segunda-feira, outubro 29, 2007

Deliberação 2108 / 2007





Opinião de
João Rua

Finalmente!...


A Praia de Mira já tem Plano de Urbanização. Iniciados os trabalhos em 1996 e após duas aprovações em Assembleia Municipal, uma em 2001 e uma outra em 2004, terminou finalmente a longa marcha burucrática que caracteriza o Estado do Ordenamento no nosso país... O Plano de Urbanização da Vila da Praia de Mira não será certamente, nem melhor nem pior que outros planos... mas integra um conjunto de ideias e de propostas interessantes...

Ao longo do tempo foram sendo criadas expectativas em torno do plano que nunca mais chegava. Chegou agora, mas convém lembrar que não são os planos que resolvem e mudam os sítios... São as políticas, as decisões e os projectos...

O Plano de Urbanização mais que resolver vem alertar para a existência de problemas e sugere formas de intervenção. Dele constam por exemplo, o prolongamento da Marginal do Mar, para Norte e para Sul e a estruturação viária da Praia de Mira; a Zona Turística B a Sul do Orbitur e um Hotel no estacionamento por detrás da GNR; a relocalização do "Campo do Touring" e de toda a zona de estacionamento envolvente; o desafio de qualificação de todas as margens da Barrinha, do Clube Náutico ao Lago do Mar ou mesmo ao Centro da Vila; a estruturação urbano dos Prazos, Novos e Velhos e sei lá... uma imensidão de desafios que só o tempo e a vontade persistente de quem acredita poderão um dia fazer do território de hoje um território diferente...

Não é um plano que muda o Território... mas desafia, enquadra e responsabiliza seja qual for o Executivo no activo. Os planos são assim, ou aceitamos que nos provoquem e desafiem ou mais vale a pena deixá-los de lado...

... Mais que acreditar, desejo que este ou outro Executivo em funções, reúna as capacidades e a audácia suficientes, para fazer da Praia de Mira um Sítio diferente do que é hoje... Um sítio ao nível da qualidade e da diversidade dos seus Recursos e das suas Potencialidades...

4 Comments:

  • At 09:55, Blogger Carlos Monteiro said…

    O Plano de urbanização, é um instrumento que tem o objectivo de promover o desenvolvimento estratégico da Praia de Mira, criando condições para a sua afirmação e requalificação, planeando de forma integrada uma zona que está sujeita a forte pressão urbanística e, que tem tido ao longo dos anos um deficiente ordenamento.
    Outro dos aspectos para o qual este Plano deverá contribuir, em termos estratégicos, é o incentivo à requalificação urbana e à criação de equipamentos, de infra-estruturas, de espaços verdes e de espaços públicos, na procura de uma urbe sustentável. Dotando a área de intervenção de infra-estruturas e equipamentos (desportivos, culturais, turísticos e outros) na proporção adequada às necessidades decorrentes da população na sua área de influência.
    Os PU permitem um grande salto qualitativo em termos de ordenamento.
    Haverá muitas coisas a fazer, como diz o João no seu texto. Mas, ainda que tudo isto fosse perfeito, faltaria vontade política. Sem vontade política continuaremos pelo mesmo caminho.

     
  • At 16:40, Anonymous Anónimo said…

    Esperamos que agora, haja vontade politica,pelo menos para minimizar todos os erros praticados durante estes anos.
    Claro que não se resolvem na totalidade,mas,pelo menos não há desculpas que não há P.U. Será que vamos assistir, a uma redução de construção de interesses, ou ficamos na mesma como é hábito, vamos esperar, faço votos para que a geração futura,tenha melhor qualidade urbanistica, que não consintam mais mamarrachos como aqueles que nos têm presenteado ultimamente,incluindo eu temos sido os culpados de todas estas situações,Autarquia aprovou,construtores pressionam,população ignorou, hoje temos aquilo que merecemos.(Zua desconsolado).

     
  • At 03:23, Blogger contra said…

    boas

    ora ai esta uma boa altura para se resolver a situação dos ditos baldios da ja chamada vila da videira sul e arrasar aquelas construções ilegais que la estão e mostrar aqueles oportunistas que aquilo não é deles mas de todos nos...

     
  • At 01:50, Anonymous Anónimo said…

    Não sei há quanto tempo ouço falar em «sustentável», «requalificação» e outros termos-adjectivo de uma realidade que o nosso poder burocrático não quer ou não sabe resolver , não só aqui mas relativo a todo o país. mas não vejo como .
    Parece-me a mim que essas são «ferramentas» essencialmente políticas, pois ao uso que estes termos têm tido já era tempo de se vislumbrar melhorias significativas.
    Veja-se estes dois exemplos:
    Ex1: REQUALIFICAÇÃO DO LARGO DA BARRINHA – projecto aprovado recentemente pela CMM; o que significa a palavra «requalificação», num projecto que vai abranger referido largo, unanimemente reconhecido como o Centro da Vila da Praia de Mira, e que depois de concluído continuaremos a ver, nesse Centro, as mesmas Bombas de Gasolina? Isto é requalificação? Entendam, não há absolutamente nada que me mova contra o Sr. Manuel até porque, e apesar de serem as suas bombas, não é dele a responsabilidade de uma Requalificação bem planeada. Entendam mais: um concelho que se diz «turístico»(!? Onde!?), apresenta umas bombas de gasolina em pleno centro da vila? Isto é para rir?! Chorar?! É para brincar aos políticos? É para quê, senhores Urbanistas??!
    EX2: SANEAMENTO CASAL DO SOBREIRO – PORTOMAR – ligações à SIMRIA, algumas concluídas outras em curso; aqui, substituo o uso da palavra «requalificação» pelo abuso da palavra «sustentabilidade» (visto numa perspectiva meramente economicista). E porquê? Eu explico: aos anos que já passaram desde os primeiros projectos de saneamento básico até à actualidade, os cidadãos do Concelho ganham cada vez mais motivos para afirmar que a Administração pública (Nacional, Regional e LOCAL) já teve tempo mais do que suficiente para criar parcerias com várias empresas/instituições públicas no sentido de se oficializarem posições e assinarem protocolos . Falo de condutas de ligação para Telefone, Electricidade, Cabo, Água e outras pré-instalações que deveriam ser pensadas, planeadas e implementadas simultâneamente. Eu penso assim; demora mais, é tarde, é em más horas (mas se sem esse esforço e vontade já é assim!!!), mas pelo menos «É!», e ficamos com este tipo de problemas resolvido, sem pensar que daqui a mais dois, três,…, anos, veremos novamente as estradas serem rasgadas para novas intervenções pontuais e individuais.

    Agora o porquê disto acontecer? Não é simples. Quanto a mim porque a Administração pública toda ela está vocacionada para Intervir mais do que para Mediar, para Gerir mais do que para Reger, mas sobretudo para Dificultar mais do que para Negociar.
    São poucas as pessoas na Administração pública (Poder e Oposição) com visão, e mesmo essas acabam por ver o sistema político engolir as suas ideias, convicções e profissionalismo. O mesmo acontece com o tecido Privado.
    É curioso como o Estado (por consequência toda a Admin. Pública) precisa do sector Privado mas por outro lado passa o tempo (literalmente) a dizer «não», a burocratizar, a chamar a si responsabilidades para as quais não está preparado… é curioso. Precisa de nós, mas trata-nos como se fôssemos nós a precisar dele (agora que digo isto… talvez…pois!)
    Desculpem-me pela extensão do meu post.
    Felicito o João Carlos Rua e o Carlos Monteiro: Post’s sempre muito bons e de leitura agradável.
    Parabéns pelo blog.
    João Tomásio (jjtomasio@sapo.pt)

     

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