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segunda-feira, março 16, 2009

Teoria dos Novos Votos Garantidos





NVG - Novos Votos Garantidos

Ei
- Expectativa de Emprego gerada ao indivíduo i

Agi
- Unidades do agregado familiar do indivíduo i com expectativa de emprego


Observações


No mundo real (e por vontade de quem participa no processo eleitoral) a tendência de evolução de
E é para o Infinito (em linguagem matemática "E tende para o infinito")

Ag
, normalmente, situa-se entre o 3 e o 4

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Foi um sonho estranho o que acabei aqui de traduzir num esforço de sistematização matemática... Estranho porque envolveu matemática e mais estranho ainda porque tinha (no sonho é claro...) o objectivo de sistematizar e explicar algo estruturante dos processos eleitorais...

Normalmente, nestes períodos, e um pouco por todo o lado, preparam-se listas e organizam-se estratégias e tácticas com vista ao objectivo central: Ganhar eleições !... E neste processo, mais que ideias, capacidades ou competências, importa mostrar popularidade, disponibilidade e capacidade de gerar expectativas...

Aquele sonho pretendia apenas mostrar, com ironia q.b. evidentemente, um instrumento essencial à angariação de votos (ou pelo menos à promessa de "voto garantido") e que é, a capacidade de gerar uma expectativa de emprego, seja ela qual for, seja ele a quem for...

E o meu "sonho matemático" (a minha matemática não é famosa, é certo...) diz mais ou menos isto:

Os "Novos Votos Garantidos" correspondem ao Somatório dos Empregos prometidos e geradores de uma expectativa, acrescidos do número de votos do agregado familiar mais próximo, de quem ficou com essa expectativa... Quer isto dizer, em linguagem bem mais simples e sem a pretensão de "matematização", que por cada emprego prometido e gerador de um expectativa pode-se ganhar 4 a 5 votos (o do indivíduo a quem se destina o lugar mais os votos do seu agregado familiar mais próximo....)... Não tinham pensado nisto pois não ?

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Por isso a tentação é grande... nada mais faz que prosseguir e ambicionar a proporcionalidade oferecida pelos ganhos... Mais ainda num contexto de crise em que o emprego e o trabalho não abundam...

Mira, não é nem será diferente do resto do país...

Por isso é importante que todos, mas mesmo todos, façamos um esforço para discutir ideias, projectos e programas. Que sejam as capacidades e as competências a determinar quem ficará a gerir o nosso Concelho e que esta "matemática esquisita" não encontre muito espaço de afirmação ou de protagonismo, nem na própria estrutura da Câmara Municipal, nem na Incubadora de Empresas, nem em qualquer Instituição Municipal... que nestas alturas costumam representar espaços muito apetecidos.

Também para isto é preciso estarmos conscientes e atentos... Também isto faz parte de uma participação e um envolvimento cívico mais consistente... A mim resta-me observar e alimentar uma certa curiosodade...

Texto de
João Rua

quinta-feira, março 12, 2009

Lapsus Memoriae…




Opinião de
João Milheiro


"Se há coisas que não entendo nem sequer compreendo, é o facto de haver um património por todos ou quase todos reconhecido e por ninguém ou quase ninguém tratado". Foi desta maneira que o vereador Dr. João Carlos da Silva Rua se expressou num artigo publicado (mirapolis.blogspot.com) no dia 04MAR2007.

No artigo em causa (Casas Florestais... e Esquecidas também...), o Dr. João Carlos Rua lamentava-se: "às vezes as coisas importantes quando estão demasiado perto de nós quase que nos convidam ao esquecimento... E as Casas Florestais são um património demasiado importante na história e na memória das nossas gentes". De facto assim é. E se assim é de facto, julgo da mais elementar sensatez concluir que não há quem não concorde com tão sentidas palavras. Sobre este assunto, entendo desnecessário acrescentar seja lá mais o que for. Entendo mesmo, de uma forma sucinta, que acaba por estar tudo dito: Casas Florestais… Património… História… Memória das nossas gentes… e o Esquecimento também. Já lá vamos ao esquecimento. Entretanto…

Numa das últimas edições do jornal "Expresso", foi-nos dado conta que a UNESCO considera que o nosso património é "uma vergonha" e que, nesse sentido, está a ser ponderada a possibilidade da anulação dos títulos de Património da Humanidade atribuídos por aquela instituição a vários monumentos portugueses, considerando o estado de abandono a que estes se encontram votados.

"De um país desenvolvido espera-se que tome melhor conta dos seus bens do que um país que está com fome. É-lhe exigido um trabalho mais cuidado. Se temos tanto orgulho na nossa herança histórica, no peso do nosso passado, temos de mostrá-lo no concreto" Assim fala Fernando Andersen Guimarães, presidente da Comissão Nacional da UNESCO, no âmbito de um artigo publicado no semanário acima apontado. Por sua vez, Filipe Luís (cronista da revista "Visão") sobre o mesmo assunto, e num artigo que intitulou "Patos Bravos" – Visão nº.827 –, desabafa: "O que fizemos? O que estamos a fazer? A preservação do património histórico é um imperativo cívico… falte-nos o pão na mesa, que é transitório, mas não nos falte a memória colectiva, que é irrecuperável".

Resumindo, fica a certeza, mais do que a ideia, de que para a UNESCO (e para o Filipe Luís também) alguém, ao mais alto nível do estado, se anda a… esquecer… do nosso património nacional.

Esquecer é o mesmo que… não fazer caso de; desprezar; perder a sensibilidade; deixar fugir da memória.

Bom, se a nível nacional o património tem vistas para a Rua da Amargura, por cá, pelas nossas terras, para que rua tem vistas o nosso património?

Se em Março de 2007, o panorama não era famoso, antes pelo contrário, hoje, em Janeiro de 2009, e com as próximas eleições autárquicas ao alcance da vista, como está o nosso património? Como é que está "a promoção dos Moinhos enquanto importante património etnográfico"? Como é que estão as Casas Florestais e "a sua recuperação para fins de interesse turístico"? Como é que está o "programa de reabilitação da Casa Gandareza"? Como é que estão os Palheiros de Mira? Quem é que tem andado a não fazer caso do nosso património? Quem é que tem andado a deixar fugir da memória os compromissos assumidos (em caderno eleitoral) com os Mirenses? Quem é que no governo autárquico com funções especificas de zelar pelo património histórico, cultural e arqueológico, anda a ter "brancas" relativamente a importantíssimos aspectos que se prendem com a nossa memória colectiva?

É certo que as contas se fazem no fim, como, em tempos, um "amigo" me escreveu, mas também não é menos certo que é na soma de cada parcela que se vai sentindo o "andar da carruagem" e se vai aquilatando do acerto do resultado final. Confesso que não sou lá daquelas coisas nas contas mas, em todo o caso, estou em crer que também nestas contas, nas do património, nem com múltiplas provas dos nove se vai achar um acertado somatório. A ver vamos… e já não falta muito.

Permito-me terminar estas linhas com mais um desabafo do Filipe Luís (o tal cronista da revista "Visão"): “Num país que faz do turismo a sua principal indústria, um verdadeiro cluster, deixar degradar os monumentos não é apenas criminoso: é economicamente estúpido". Deixar degradar o património não é apenas criminoso… é economicamente estúpido?... Olha, será que por cá também "voam"… "aves selvagens"?

Nota: Bem sei que no Caderno Eleitoral (para o quadriénio 2005 – 2009) do partido que suporta o executivo autárquico, nada consta – nem uma vírgula tão pouco – sobre os Palheiros de Mira, mas sempre estou em crer que mais não terá sido senão um Lapsus Memoriae… Esquecimento… em bom português.

quarta-feira, março 04, 2009

Espaços e Oportunidades

Opinião de
João Rua



Aproxima-se mais um período de reflexão, discussão e de escolha na vida autárquica do nosso Concelho...


... E é com agradado que eu assisto ao aparecimento de novos espaços de discussão, crítica e de troca de ideias...


... Sou leitor interessado e fiel do Mirices, tento e esforço-me para manter este Mirapolis, apesar da escassez de tempo e de motivação... e fico satisfeito por ver que existem outras vontades e motivações que permitem novos espaços de reflexão...


... Movimento Independente de Renovação Autárquica e Seixomirense constituem dois novos espaços de encontro e que merecem a pena que percamos algum tempo...


... Esperamos que estes espaços permitam novas discussões e novas perspectivas de abordagem... Desejamos
que haja discussão, troca de ideias, crítica e acima de tudo, respeito e personalidade... e isso, às vezes, começa com o simples assumir da identidade...