PESCANOVA... mais um passo...
Todos esperamos que SIM !...
Opinião de
João Rua
Há projectos que dificilmente serão consensuais e encerrarão sempre uma certa dose de risco. O da PESCANOVA para Mira é um deles. Terá obviamente como qualquer projecto desta dimensão vantagens e implicará certamente também, coisas menos boas. Temos de ter consciência disso.
Na sessão de Câmara de 12 de Setembro votámos favoravelmente uma ideia e uma intenção de Projecto. Com pouca ou nenhuma informação é certo, mas era tempo de sermos pragmáticos e não deixar passar a oportunidade. Aí concordo totalmente com o Executivo com Pelouros. Fez bem e mais importante, fê-lo bem!... Soube estar atento à oportunidade e não a desperdiçou. No entanto e em função do pouco conhecimento que havia deixámos um conjunto de reflexões e de aspectos a considerar nas futuras negociações.
Ontem, na Sessão de Câmara de 5 de Dezembro, já nos abstivemos. Não é passar a responsabilidades para os outros. Nem é acreditar menos. É uma forma de ser realista. Mas com a pouca informação ainda disponível, quem melhor para avaliar e decidir do que aqueles que acompanharam e acompanham todo o processo de negociação? Eu acredito no bom senso dos autarcas com poder de decisão efectiva. Têm ali gente que tem obrigação de estar atenta porque tem capacidade para isso.
É evidente a importância do Projecto para o País. Aliás, mais para o a economia do país que propriamente para a do concelho. Reconheço-o mais ainda após a exposição a que assisti na Sessão de Câmara. E aliás enquadra-se na Estratégia Nacional definida pelo Governo para o sector das Pescas e será provavelmente um Projecto PIN (Projecto de Interesse Nacional).
A nível Local as coisas já não são assim tão lineares e tão óbvias. Mas não deixámos de mais um vez acentuar as nossas preocupações e assinalar o procedimento tal como o entenderíamos correcto. Podemos dizer, sintetizando, que as nossas dúvidas ou se quiserem as nossas recomendações, se enquadram em três pontos:
- A necessidade de se equacionar a compatibilidade deste Projecto com o desenvolvimento e a aposta no sector do Turismo. É essencial e não poderemos deixar destruir pela Imagem menos atractiva do concelho um potencial enorme. Não podemos esquecer que vamos alienar 206 hectares de terreno junto ao mar e em plena floresta e que o vamos ter vedado !... É mais um "não território". Vamos ainda conviver com um tráfego de pesados constante em vias que também esperam receber turistas. E temos de nos preparar para evitar uma possível colagem a um estigma de Imagem de uma Praia menos atractiva...
- A forma como o Acordo de Colaboração não salvaguarda minimamente os interesses do Município. O Município assume quase todos os Riscos, aliena uma importante parcela do território e deixa de fora as questões ambientais. É pouco cauteloso e é demasiado arriscado. Nada acontece à PESCANOVA se algo correr menos bem quer em termos ambientais quer em termos de emprego. À PESCANOVA compete comprar o terreno e investir de acordo com o ritmo dos financiamentos do Estado Português!... Ao município compete quase todo o resto e alienar uma importante parcela do seu território... e obviamente esperar que as coisas corram bem !... porque possíveis problemas ambientais ou de não criação de emprego não são referidos no Acordo, logo em nada responsabilizam ou comprometem a empresa...
- E finalmente, alertámos para a oportunidade que um Projecto desta dimensão e que envolve directamente o Governo Português, pode representar para o município fazer sentir junto das Entidades governamentais uma maior sensibilidade e até assumir compromissos para apoiar outros projectos estruturantes para o concelho. Seja na área ambiental seja na área do Turismo. E aqui as questões da Barrinha, dos Viveiros e da Gestão das áreas Florestais, do Golfe ou da Zona B ou mesmo de Projectos de Investigação cientifica ligados ou não à AIBAP poderiam encontrar apoios até hoje inalcançáveis.
É precisamente na compatibilização das opções políticas locais que incide o problema de decisão e de tomada de decisão. Do pouco que conhecemos, entendemos que ainda há muito a pensar e a estruturar. Em especial naqueles 3 pontos:
- Compatibilizar (com outras opções estratégicas - o Turismo)
- Garantir (correr menos Riscos e garantir mais garantias em especial ambientais)
- Negociar (com entidades governamentais uma atenção sobre o nosso território que tem de facto andado bastante arredia)
Obviamente que os Projectos têm tempos. E o da discussão deste parece estar a esgotar-se. É tempo de decisão e de execução. Que tudo corra bem, assim espero e desejo...
28 Comments:
At 00:39, Anónimo said…
"os Projectos têm tempos. E o da discussão deste parece estar a esgotar-se. É tempo de decisão e de execução. Que tudo corra bem, assim espero e desejo..."
Fazendo minhas essas palavras acrescento, podendo certamente enganar me, temo que espanha nem bom vento ven bom casamento...
JP
At 08:54, Anónimo said…
SE fosse mesmo algo bom estaria a ser pensado uns KM mais para SUL, ja no concelho vizinho, não no nosso...
Aceitamos tudo, resta abaixar as calças e ver o que nos sucederá.
Adeus mata que tanto custou a semear, que tanto sangue suor e lagrimas levou aos nossos antepassados...
At 10:35, Anónimo said…
VÊM AÍ OS ESPANHÓIS !
Longe vai o tempo das grandes batalhas com os espanhóis para manter o nosso território. Já esquecemos a padeira de Aljubarrota, o D. Caio e o Mestre de Avis. Agora, subtilmente, os espanhóis passam as nossas fronteiras e vão dominando o mercado e o nosso território. Longe vai o tempo em que se dizia que “de Espanha nem bom vento nem bom casamento”.
Há que reconhecer que a Câmara Municipal esteve bem ao abraçar este projecto. É importante para o nosso desenvolvimento. Seguramente haveria outros concelhos interessados em tão importante investimento. Faltou um pouco mais de discussão e mais informação pública. Só agora sabemos que são 200 ha de terreno. Só agora sabemos que afinal são 100 postos de trabalho directo e não 360 como nos disseram, só agora sabemos o volume de investimento.
Mas, a serem cumpridos os prazos, a Câmara terá que dar ao pedal para acompanhar o projecto. Desde logo, caso o promotor o solicite, tem que responder no prazo de uma semana, coisa rara nas nossas administrações. Depois terá que construir infra-estruturas de rede viária, saneamento, recolha selectiva de resíduos sólidos, fornecimento de electricidade, Geradores eólicos, ligar a ETAR à rede, desmatamento, até final de 2007, tudo isto com a ajuda do estado claro está, mas mesmo assim …
Agora esperemos que tal como fomos surpreendidos, pela positiva, com a rapidez de execução do projecto, não venhamos a ser surpreendidos, pela negativa relativamente àquelas dúvidas e apreensões, que todos nós colocámos.
Em todo o caso para já dou os parabéns à câmara pelo seu desempenho neste projecto, só o futuro dirá se foi bom ou mau.
José Balugas
At 12:33, Carlos Monteiro said…
Senhor anónimo das 08.54,
Este projecto trata-se do maior investimento alguma vez realizado no concelho de Mira, que irá criar 350 postos de trabalho directos e cerca de 1000 residentes. Para um concelho com um défice tão grande de emprego, penso que irá colmatar e de que maneira este flagelo, uma vez estar garantido que 99% dos recursos humanos serão do nosso concelho.
Ao contrário do que diz, só foi escolhida a nossa zona por possuir uma zona costeira qualificada para a aquicultura, com possibilidades de uma rápida produção.
Acredito que este projecto foi visto e revisto com profundidade e grande reflexão pelas diversas entidades que participaram, entre elas o ICN, “Instituto Conservação da Natureza”.
A Pescanova, ao longo dos tempos, tem demonstrado que também se preocupa com o Ambiente. Por isso, protege os recursos e habitats, pratica a pesca selectiva e reduz o desperdício em todas as fases do processo produtivo.
Para além disso, participa activamente na formação ambiental, colaborando em acções de informação e protecção do Meio Ambiente. Isso está demonstrado nos seus quadros superiores que suportam, técnicos de ambiente, de qualidade e biólogos.
Quanto à desflorestação da zona florestal a que se refere...digo-lhe que grande parte das zonas industriais do nosso país, estão implantadas em zonas florestais. Vamos acabar com as industrias e plantar pinheiros e outras espécies. Será essa a solução?
Fico bastante satisfeito, que num ápice de tempo, apareçam tantos defensores do ambiente, ainda bem que assim o é, acrescento eu.
Em relação à matéria que nos é proposta, exige que sejamos mais ponderados, e que tenhamos alguma serenidade nos nossos comentários.
A participação no exercício da cidadania, com empenho e responsabilidade, são fundamentais na construção de uma nova sociedade, mais justa e em harmonia com o ambiente. Para isto, é necessário analizar e avaliar as relações entre o desenvolvimento e a natureza. Temos de contribuir para melhorar a qualidade de vida, através de um ambiente saudável que ande de mãos dadas com o desenvolvimento económico do nosso concelho, para que possa ser desfrutado pela nossa geração e também pelas vindouras.
Hoje, muita gente parece estar a querer passar a mensagem, de que preservar o ambiente é pôr em causa o nosso próprio desenvolvimento, esta atitude demonstra bem a nossa falta de cultura ambiental.
Por isso digo-lhe, apesar das minhas convicções estarem sempre acima de qualquer ideologia politica, não conte comigo para travar levianamente o desenvolvimento sustentável do nosso concelho.
Carlos Monteiro
At 12:38, Anónimo said…
Caro amigo João:
Em primeiro lugar os meus sinceros votos de BOAS FESTAS para ti e todos os teus familiares.
Seguidamente votos de BOAS FESTAS para todos.
Como sabes leio sempre muito atentamente todos os teus textos, sem qualquer menosprezo para todos os outros, claro.
Não só por serem uma fonte fidedigna de informação mas porque
o seu conteúdo contém sempre mais algo que nos leva a pensar, repensar, meditar e até por vezes a discordar, claro, o que raramente acontece.
É este o sentido da minha intervenção hoje.
Comentário:
COMEÇA A SER PARA MIM AFRONTA COMO MIRENSE.
Na maior parte dos textos, nas actas que podemos consultar, em intervenções que tenham ouvido dizem, sistematicamente, "não temos nenhuma ou quase nada de informação sobre as matérias para...."
Simplesmente inqualificável - sim é esta para mim a palavra certa - a falta de respeito político/partidário por vós vereadores eleitos democraticamente por milhares de MIRENSES que em vós confiaram.
Certamente, agora seriam mais, mas deixemos isso para outra altura.
Puro autismo, para não utilizar outra adjectivação - a cobro de uma maioria - este poder político nacional, regional e local não tem o mínimo de respeito democrático pelas oposições,pelas organizações profissionais, associações cívicas,....pretende "cilindrar" tudo e todos.
Falo com muita experiência pessoal sobre a matéria.
NÃO ABDIQUEM DOS VOSSOS DIREITOS.
DENUNCIEM TODAS AS SITUAÇÕES DE FALTA DE PRÁTICA DEMOCRÁTICA QUE TANTO SE HOUVE E SE DIZEM SEREM UNS VERDADEIROS ARAUTOS.
José Frade
At 16:29, Carlos Monteiro said…
Olá Zé,
Fiquei satisfeito com a tua participação neste Blog, penso que é uma mais-valia para todos os que participamos neste espaço.
Não sei onde fostes arranjar essa informação de serem 100 pessoas a entrarem directamente para os quadros da empresa. Porque o que consta da negociação é que serão 350, das quais numa primeira fase, entrarão 90 a 100 nos quadros superiores, que irão tirar formação, durante 6 meses, à Galiza.
Em 2005 numa visita profissional, como sabes, trabalho no mesmo ramo, à Frinova – Pontevedra (empresa do grupo Pescanova), fiquei impressionado com a modernidade desta empresa.
Trata-se de uma empresa que ocupa 23 000 m2 junto à costa da Galiza, muito semelhante à que vai ser construída no nosso concelho.
Esta Unidade de produção, para além de possuir as tecnologias das mais avançadas Europa, em termos de equipamentos, tem fontes de energias próprias (energias alternativas), faz recuperação de águas, que circulam no sistema de vapor.
As águas residuais são tratadas na própria fábrica e reutilizadas.
Faz a própria gestão de resíduos. Quase todo o seu processo produtivo é reaproveitado. Trata os seus efluentes.
Quanto à pouca divulgação do projecto, foi o próprio promotor que não quis avançar com detalhes do projecto, enquanto decorresse a sua negociação. A partir de agora, é natural que vá aparecendo alguma informação sobre o projecto.
Um abraço,
At 17:22, Anónimo said…
MARCO
Será que andaremos sempre à procura que os outros resolvam os nossos problemas.
Será este o FADO de Mira?
Primeiro foram os Gregos (Onassis) no Seixo, depois os Suecos na Praia e agora ainda acreditam nos Espanhois?
Tudo o que vem de fora é bom. Mas aquilo que é nosso é sempre mau.
Será que se fosse uma empresa da região, haveria igual empenhamento do executivo?
Será?
Para mim uma coisa é certa: o que não serve para os outros não serve para mim!!!!
At 10:06, Anónimo said…
Olá Carlos
Sabes bem que nunca estive de fora.
Infelizmente já me habituei a não ver as coisas assim tão cor-de-rosa como tu. A experiência diz-me que existe muita verdade camuflada e muita MENTIRA escondida.
Tal como disse anteriormente, o futuro encarregar-se-á de nos dizer se este empreendimento será bom ou mau. Por agora apenas podemos especular, pois nunca nos chegará ao menos metade da informação que necessitaríamos para formar uma opinião consistente.
No entanto, como acredito no poder da JUSTIÇA e da VERDADE acima de todas as tramóias, acho que, a seu tempo, os tais edifícios construídos na mentira acabarão por ruir. É engraçado, mas alguns deles já começaram…mas fica para nós falarmos mais tarde.
Até lá, se tiver razão faço como o Manuel Alegre “a mim, ninguém me cala!”
Já me conheces suficientemente bem para saberes que será assim.
Um abraço
Zé Balugas
At 10:56, Anónimo said…
Caros Bloguistas,
Aproveitando a citação do Sr. Carlos Monteiro “A partir de agora, é natural que vá aparecendo alguma informação sobre o projecto”, é o mesmo que dizer que estamos a passar um cheque em branco em todo este processo, pois não estamos minimamente conhecedores daquilo que estamos a receber e quando a esmola é grande, manda o provérbio desconfiar.
Sabemos que o nosso concelho, precisava como de pão para a boca, de empresas que criassem postos de trabalho, e como consequência o aumento do nosso nível de vida. Mas pelo facto de sermos pobres não quer dizer que tenhamos que nos prostituir.
Faria antes um apelo á nossa autarquia, que pensasse mas era em trabalhar arduamente para promover a nossa zona industrial, que desse as mãos á incubadora e que fizessem um trabalho sério e confiassem menos na sorte de aparecer um qualquer espanhol ou um outrora grego, sueco que tantos amargos de boca nos trouxeram.
Se este projecto é de interesse nacional, por certo que trará benefícios ao país mas poderá não ser benéfico para Mira, era isto que deveria ser explicado e onde se deveria fazer aquele exercício simples chamado análise SWAT (Pontos fortes, Pontos fracos, oportunidades e ameaças) e então pondo isto nos pratos da balança decidir.
Gostaria de lançar outra questão. Não seria esta uma oportunidade de ouro para exigir algumas contrapartidas ao estado caso isto avançasse?
Porque não a limpeza da barrinha, lagoa, valas, matas, abertura da marginal da praia até ao lago do mar.
Abram os olhos.
Sintra de Mira.
At 15:24, Anónimo said…
T E K T O
O meu sonho de hoje!
Hoje tive um pesadelo do “caraças”!
Foi tão real e pavoroso, que até acordei sobressaltado a meio da noite!
Sonhei que um grupo de senhores espanhóis tinham chegado à minha terrinha.
E que depois em troca de sonhos, oferecemos-lhes uma das partes mais bem localizadas, ricas e bonitas da nossa Praia.
Mas ao fim de pouco tempo, esses senhores espanhóis, abandonaram-nos (a nós e aos nossos sonhos) e foram para outra terrinha longínqua, onde viviam pessoas ainda mais pobrezinhas que nós.
Sendo posteriormente o sitio por eles ocupado transformado em mais um aldeamento turístico.
Entretanto acordei, respirei fundo e vi que tudo não passava de um pesadelo! Uffffff!
Com este comentário "irónico" gostava de apenas alertar esta situação.
Pois sendo a favor da abertura do nosso concelho a grandes investidores e empresários, devemos-nos sempre precaver para todas as situações possiveis e imaginárias.
Concordo até com a da doação de terrenos às empresas,mediante contrapartidas (n.º postos de trabalho...etc)e sempre com a condição que a partir do momento que elas cessem a actividade este revertam a favor do Municipio, com todas as benfeitorias realizadas no local.
At 17:28, Anónimo said…
A ser como se diz, a PESCANOVA pode ser uma boa coisa para nós. Preocupado com as questões ambientais, encaro a coisa com serenidade. E até acredito que pode vir "bom vento" da terra de nuestros hermanos.
At 18:47, Anónimo said…
Srs., Alguém me podia elucidar acerca da Pescanova… São 350 ou 100 postos de trabalho? Depois vêm mais 1000 postos de trabalho? Será? 99% dos recursos humanos serão do nosso concelho?
Bem, como sou do concelho abençoado por S. Tomé, só vendo para crer.
Também não acredito que este projecto vá para a frente, assim como muitos outros que já foram negados para o nosso concelho, era menino de uns 8 ou 9 anos, mas ainda me lembro de ver um outdoor por trás da casa da guarda - florestal que é hoje o posto da GNR, que tinha um projecto do Empresário João Rocha (ex-presidente do Sporting) e de outro empresário de Cantanhede para um hotel, foi executado? O primeiro parque aquático que foi construído em Portugal era para ser construído na Praia de Mira, foi construído? Há cerca de uns 15 a 20 anos atrás houve intenção de se construir em Mira uma fábrica, de produção de discos de vinil, foi construída? Por estas entre outras razões, NÃO ACREDITO QUE O PROJECTO PESCANOVA VÁ PARA A FRENTE, não estará Mira a servir para a pescanova fazer “ciúmes” a outra localização?
Caso o projecto seja concluído serão acauteladas as situações que possam acontecer se um dia a fábrica fechar, como por exemplo os terrenos voltarem à posse da câmara, a demolição das instalações e reflorestação da área, a “reconstrução” do local tal como ele é hoje, por parte da pescanova? É de pensar nisso não?
Ainda quanto à questão do estádio municipal nem eu, nem ninguém da Praia de Mira ou do resto do Concelho está contra a construção do dito estádio, pois é uma mais valia para o Concelho e não se podem desperdiçar as hipóteses de investimento estatal em Mira, estão sim é contra o favorecimento da Ala-Arriba em detrimento de todas as outras associações desportivas do nosso Concelho. Tenham cuidado a Fátima Felgueiras já anda pelos tribunais ás custas do futebol…
Quanto às palavras do Sr. Carlos Monteiro a propósito da fábrica da Frinova – Pontevedra, fico bastante mais tranquilo ao saber o que viu em Pontevedra, mas será que a pescanova vai fazer em casa do vizinho que faz na sua própria casa? Não serão os espanhóis mais rigorosos no controlo dos deveres das empresas do que em Portugal?
Sr. José Frade, sem ter nada contra si, deixe-me fazer-lhe uma pequena provocação olhe leia as suas palavras. (…) CAROS MIRENSES: Tenho-me limitado nas minhas intervenções/observações/alertas/elogios/discordâncias...., pura e simplesmente, sem qualquer tipo de faccionismos (…) mais adiante diz isto (…) respeito político/partidário por vós, vereadores eleitos democraticamente por milhares de MIRENSES que em vós confiaram. Certamente, agora seriam mais, mas deixemos isso para outra altura (…), sei que não responde a bloguistas não identificados, mas fica a minha pergunta, estas últimas palavras demonstram mesmo que não tem qualquer tipo de faccionismos? Bem-haja, e já que desejou boas festas a todos, também lhe retribuo a gentileza.
Uma última palavra para o PSD - Mira, vi há tempos um panfleto sobre obras inacabadas e anuladas no concelho, não quero fazer comentários acerca disso, porque o PSD – Mira também não é o partido mais indicado para falar de obras anuladas, só queria deixar uma sugestão, não brinquem aos namorados, não mandem papelinhos nem recadinhos, façam uma OPOSIÇÃO válida que não se baseie no dizer mal, que na devida altura os mirenses saberão dar o devido valor.
At 01:12, Anónimo said…
Parte do Texto:
"É precisamente na compatibilização das opções políticas locais que incide o problema de decisão e de tomada de decisão. Do pouco que conhecemos, entendemos que ainda há muito a pensar e a estruturar. Em especial naqueles 3 pontos:
- Compatibilizar (com outras opções estratégicas - o Turismo)"
Turismo ????? Não percebo nada disto...o que é que fizeram até hoje pelo turismo !!! Pelas Empresas !!! Pelo Concelho !!!
Espero bem que este Concelho parta para outro futuro... com este ou outro partido...não interessa !
Vou voltar um dia destes ! P/
At 11:17, Anónimo said…
Carlos
São 100 postos de trabalho directos tal como foi assinado no protocolo. Simplesmente esperemos que não aconteça como na floricultura. De qualquer modo quando se fala de 100 postos de trabalho directos já sabemos que é à moda do outro: 100? tomaras tu 60 quanto mais 40, toma 30 e não digas que vais daqui.
Preferia não ter razão nesta matéria mas, infelismente, todos sabemos que é assim que as coisas se passam.
José Balugas
At 14:58, Anónimo said…
Posso esclarecer porque tenho o documento que foi aprovado na reunião do executivo e que vai a votação à Assembleia Municipal no dia 20 do corrente. Penso que o amigo Carlos Monteiro também já o recebeu.
São 286 postos de trabalho directos (totalmente preenchidos com pessoas da região).
Cerca de 1000 postos de trabalho residentes.
É isso que consta no protocolo, cabe agora às entidades envolvidas, cumprirem ou fazerem cumprir aquilo que acordam e assinam.
Quanto ao já estarmos habituados, lembro-lhes que esta Empresa é a 2ª maior europeia no ramo alimentar, produz tanto como as 1700 empresas do ramo, existentes em Portugal. Se calhar não estamos assim tão habituados.
At 20:52, Anónimo said…
tangas, tangas e mais tangas... e plelo meio alguma falta de coragem e medo da oposição em dizer não, pois já sabemos como funciona a disciplina de voto!
O projecto da pescanova é um engano, se fosse um empresário local a pretender fazer isso gozavam com ele (é o k se tem visto) só nome da Pescanova não basta.
VEJAM PORQUE É QUE O GOVERNO ESPANHOL VOLTOU ATRAS NA DECISÃO DE IMPLEMENTAR ESSA UNIDADE NA COSTA DA GALIZA
VEJAM O QUE SE PASSA COM AS POPULAÇÕES DA COSTA DO CHILE ONDE A PESCANOVA TEM UNIDADES SEMELHANTES
VEJAM O IMPACTO AMBIENTAL DAS ESTRUTURAS DE CRIAÇÃO DO PESCADO
DIGAM A VERDADE AOS PESCADORES PRAIA DE MIRA RELATIVAMENTE AO SEU FUTURO APOS IMPLEMENTAÇAO DESTAS UNIDADES
TENHAM ATENÇAO ÁS VOZES MANSAS DA PROMESSA DE EMPREGO E ANALISEM AS ESTRUTURAS LABORAIS DA PESCANOVA E PRECARIDADE CONTRATUAL
o autor deste blog entre outros amigos do ambiente têm a obrigação moral para com os seus, até porque são eleitos locais, de informar toda a população do verdadeiro impacto destas unidades, para que depois não nos dizerem: Não sabiamos...
Está à distância de um clic...
"Zé B."
At 09:53, Anónimo said…
Para esclarecimento do bloguista das 14:58 transcrevo a alínea h) da 3ª CLAUSULA do dito protocolo.
h) A criar aproximadamente, numa primeira fase, 110 postos de trabalho directos, tendo por objectivo chegar aos 286 postos de trabalho directos, sendo dada preferência a pessoas do concelho de Mira;
Como vê, logo no início diz “aproximadamente 110 postos de trabalho”. Ora, todos nós sabemos que quando se diz “aproximadamente” a coisa vai lá para a metade ou menos. Quanto ao “objectivo” de chegar aos 286 postos de trabalho, não passa disso mesmo: um objectivo não é nenhum compromisso.
Em relação ao prestígio da Pescanova, apenas lhe posso referir as dezenas de empresas de renome mundial que se deslocalizaram de Portugal nos últimos anos e que com toda a certeza conhece tão bem como eu.
Mas repare, se em vez de 110 postos de trabalho forem 50 o que é que a Câmara pode fazer? Denuncia o protocolo? Sabe muito bem que uma empresa desta natureza a partir do momento em que se instalar tem a câmara na mão, seja esta ou outra que venha a seguir, seja em Mira ou S. João da Madeira, pois ninguém terá coragem de mandar para o desemprego algumas dezenas de trabalhadores a não ser a própria empresa.
José Balugas
At 14:03, Anónimo said…
Olhe senhor José Balugas,
Não me está a esclarecer nada, como lhe disse no meu post já li o documento.
Nenhuma empresa industrial do mundo, inicia um projecto desta dimensão sem colocar os seus recursos humanos por fases, o que se deve levar em conta é o objectivo e esse está bem descrito na alínea que menciona.
No entanto quero-lhe afirmar que esta empresa, ao contrário das outras que menciona, não vai ter mais relevância comercial, que aquela que já tem no mercado nacional, porque toda a sua produção se destina exclusivamente à exportação.
É lamentável em todo este processo a falta de informação. Mas também o será quando começa a aparecer alguma, a interpretem da forma que mais lhes convém.
Isto será o que poderemos dizer de momento, o resto vai ter de esperar... sem falsas profecias.
At 20:28, Anónimo said…
MELRO SEM PIO saúda o sr Balugas e diz:
TEM TODA A RAZÃO. SE CONSULTAR O MIRICES VERIFICA QUE UM OUTRO "zua" DIZ: "Conforme poderão verificar são poucas ou nenhumas as garantias ambientais do projecto, ou de qualquer responsabilização da Empresa Pescanova ao poder causar qualquer dano ambiental no local"; diz mais:"o terreno alienado para o projecto, é que faz parte da rede natura 2000".
ASSIM VAI A NOSSA TERRA:garantias ambientais NADA; garantias de emprego NADA.
Por isso senhor Balugas é que os espanhóis não desejaram este projecto lá para o norde dos nossos vizinhos. ELES LÁ SABEM PORQUÊ.
LÁ VÃO AS MINHAS FERIAS NO VERÃO E OS MEUS FINS DE SEMANA NA PRAIA.
melro sem pio
At 03:36, Anónimo said…
Ainda bem que a Pesca Nova vem para cá!
Há uns bons anos o incêndio( quem não se lembra ?!) que consumiu uma enormidade da floreta plantada pelo povo de Mira deu lugar a empreendimentos como o da Cristhina Onassis e não só. Desse incêndio beneficiaram alguns. Com a Pesca Nova irão beneficiar uma centena de pessoas! Assim todos estamos de acordo.
At 09:20, Anónimo said…
Pescanova busca el Portugal de Orden y Prosperidad del Profesor Cavaco Silva y del Ingeniero Señor Sócrate.
At 18:36, Anónimo said…
PESCANOVA.....PESCANOVA....
CADA VEZ MAIS CONFUSO!
ESCLAREÇAM-ME, POR FAVOR!
QUEM OUVIU AS NOTÍCIAS HOJE TODO O DIA SOBRE "ESTE EUROMILHÕES" PARA MIRA,VINDAS DA QUERCUS, DO MINISTÉERIO DA AGRICULTURA, DO AMBIENTE....A HIPóTESE DE APÓS ESTUDO SER NOUTRO SÍTIO....ANÚNCIO DE ASSINATURA JÁ MARCADA.....O QUE LHE RESTA DIZER, PENSAR E REPENSAR SOBRE A MATÉRIA.....
PARECE-ME ESTARMOS TODOS A JOGAR NO TOTOBOLA....E...OU SAI A TALUDA ...OU.... FICAMOS SEM OS NOSSOS EUROZITOS.
O FUTURO DIRÁ...MAS O FUTURO NORMALMENTE DEPENDE DE DECISÕES DO PRESENTE.
José Frade
At 15:00, Carlos Monteiro said…
Amigo José Frade,
Vou retirar a minha capa política (se é que alguma vez a tive) e tentar dar-te a minha modesta opinião de ambientalista.
Por mais que me esforce, não consigo entender esta tomada de posição da Querqus.
Estes senhores nem esperaram o resultado do EIA que está a ser elaborado, sem qualquer estudo, sem qualquer conhecimento técnico, limitam-se a atirar umas postas de pescada para a praça pública.
Onde estavam estes senhores, quando exigíamos a requalificação ambiental do nosso sistema hídrico?
O que disseram quando foi abatido grande parte do pinhal do Montalvo “Rede Natura 2000” para construção da A17?
Que tipo de intervenção tiveram quando houve erosão na nossa costa?
Estes são alguns exemplos dos muitos que acontecem neste concelho, e que até hoje, nunca ninguém ouviu falar em qualquer intervenção desta associação. Será uma questão de protagonismo?
Quanto a matérias orgânicas de que nos falam, é verdade que existem, mas também é verdade que podem ser tratadas antes de despejadas. "A própria legislação prevê medidas para anular estes efeitos", normalmente são usados filtros. Se a Empresa os usa para a captação de água salgada...porque motivo não os usaria no seu despejo?
Ainda quanto ao uso de antibióticos nas rações, há muito que estes deixaram de ser usados por esta empresa. Na verdade estes senhores pouco sabem sobre aquilo que falam.
Esquecem estes senhores, que é impossível operar, hoje, uma empresa desta dimensão sem uma séria e visível preocupação ambiental.
A nossa participação de cidadãos requer informação adequada, isto é, completa, objectiva, de fácil acesso e compreensão, para um aumento da consciência, compreensão critica dos problemas e possíveis soluções.
Precisamos deixar de nos anestesiar em jogos fáceis ou em expectativas incompreensíveis, pois só nos levará a complicar o nosso progresso.
É preciso deixar de lado a visão fundamentalista e pensar no progresso do concelho, comprometendo-nos com o desenvolvimento sustentável. Defender o ambiente nunca foi, nem nunca será, impedir o desenvolvimento.
Sinceramente não entendo as palavras do Sr. Ministro. Se o projecto for prejudicial em Mira, não o será no Algarve ou em Sines? Parece-me haver aqui grandes manobras políticas. Afinal, a politica que ignora a responsabilidade social, está a fechar os olhos ao futuro deste concelho.
É assim amigo José Frade, cada vez confio menos nos políticos e mais nas minhas convicções, pelo qual o meu cartão de militante só poderá ter um destino, o caixote do lixo.
Carlos Monteiro
At 22:10, Anónimo said…
Caro amigo Carlos:
Em primeiro os meus sinceros agradecimentos pela disponibilidade da prestação todos estes esclarecimentos técnicos e pessoais que o tema contém que, para um leigo na matéria como eu,contribuem para ir cimentando, para o bem ou para o mal, uma ideia mais clara sobre o referido investimento.
Acabei de ouvir o Ministro da Agricultura na SIC notícias opinar sobre a matéria.
Os seus argumentos são convincentes mas...estou claramente de acordo - são de um político......
No entanto aqui em Lisboa, hoje, tive a oportunidade de falar com "alguém" que considero que tem qualificação profissional para se pronunciar sobre a matéria.
Não fiquei convencido, segundo os seus argumentos, que o local prevista no nosso concelho é a melhor opção.
E que aquilo a que chamas "manobras políticas" são uma realidade, infelizmente.
Será que o velho slogan "muita água ainda vai correr debaixo da ponte" uma vez mais se venha a verificar?
A quem de direito que tenha toda a lucidez necessária para as decisões que tiver de vir a tomar.
Como MIRENSE espero que sim....mesmo que tenha de ser o "NÃO" em prol de um futuro de qualidade.
Um abraço
José Frade
At 20:58, Anónimo said…
caros bloggistas acerca da pescanova, acham que se o projecto fosse assim tão bom para mira o sr. joão reigota estaria tão calado ou estaria a tocar o badalo para todos saberem,quanto á questão que o próprio colocou no jornal de noticias"a quercus nunca quis saber do ambiente em mira"quero responder que foi por nunca ninguem querer saber do ambiente em mira que o sr.joão reigota tem feito o que bem entende neste concelho,já informou a população que a maioria dos postos de trabalhos que irão ser criados e não são muitos não chega a uma centena, serão para pessoas qualificadas profissionalmente, e os restantes postos para pessoas sem alguma qualificação, e a área que a fabrica irá ocupar segundo a voz de mira serão 89ha e o sr.joão reigota irá desafectar 206ha, para quem serão esse 117ha, serão para um aldeamento que já esteve previsto para essa zona no do sr. joão reigota segundo mandato,sabem que produção ira iniciar-se em 10 mil toneladas ano e irá aumentar para 100 mil toneladas ano num espaço de 10 anos e que a fabrica produz um cheiro pior que uma fabrica de papel e os efluentes serão altamente poluentes,nó temos o nosso futuro nas nossas mãos não se deixem enganar e não se calem exigam uma resposta a esse sr. que foi eleito para representar e cuidar dos interesses do mirenses e não só de alguns.
At 13:23, Anónimo said…
apenas quero deixar um texto que li num outro local.
Basta clicar Aqui
At 13:44, Anónimo said…
Será que a produção maciça de peixe traga vários problemas ambientais.
Sendo esta zona uma zona rica em lagos, estes não vão ser afectados???
Vejam…
Aqui
At 20:45, Anónimo said…
o sr reigota que páre de enganar os mirenses com os 1000 postos de trabalho indirectos e os 300 directos porque quem foi á apresentação do projecto viu os responsaveis da empresa espanhola a afirmarem que são 600 postos indirectos e 206 directos
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